Corrupção é apontada como um dos problemas do hospital.
A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) decidiu abrir um processo de averiguação ao Hospital de Santa Maria (HSM), em Lisboa. A decisão surge após um estudo apresentar a unidade hospitalar como sendo palco de conflitos de interesses e de atos de corrupção.
Esta investigação vai integrar um processo de auditoria ao HSM que a IGAS já tem a decorrer, a pedido do ministro da Saúde, Paulo Macedo, depois de o anterior diretor clínico do HSM, Miguel Oliveira e Silva, ter denunciado a presença de indícios de corrupção na compra de material médico. Sobre o caso, Paulo Macedo disse apenas "que o conselho de administração do hospital está ainda a analisar o assunto".
O estudo ‘Valores, qualidade institucional e desenvolvimento em Portugal’, encomendado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos e que é hoje apresentado, defende que "a Maçonaria, a Opus Dei e a ligação a partidos políticos ainda são três realidades externas que intercetam a esfera do HSM". O trabalho de Sónia Pires, que integra uma análise a seis instituições nacionais, vai mais longe e refere que o HSM continua atravessado "por fortes conflitos de interesse e atos [...] que se configuram como corrupção", incluindo "troca de favores" nas listas de espera.
Apesar das melhorias apontadas desde 2005, há dez anos, "a situação estava fora de controlo [...], verificando-se roubos regulares, por parte de médicos e de outro pessoal".
A Opus Dei nega que tenha qualquer tipo de influência na gestão do HSM. Já a própria unidade hospitalar não reage por agora ao estudo, realizado com base em entrevistas recolhidas entre 2012 e 2013.
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