Ministra da Saúde, Marta Temido, admitiu que os professores e o pessoal não docente possam ser incluídos como prioritários para a vacinação.
Os professores e o pessoal não docente esperam ver concretizado o quanto antes um plano de vacinação contra a covid-19 que os inclua entre os grupos prioritários, mas ainda desconhecem qualquer estratégia nesse sentido.
A ministra da Saúde, Marta Temido, admitiu na terça-feira que os professores e o pessoal não docente possam ser incluídos como prioritários para a vacinação, ao considerar que as escolas são um "serviço essencial".
"Quando falamos de serviços essenciais - e as escolas são de alguma forma na nossa abordagem social um serviço essencial - poderá fazer sentido que os adultos que trabalham nestes locais tenham uma vacinação diferenciada", afirmou Marta Temido em entrevista ao Jornal da Noite da SIC.
Contactado esta quarta-feira pela agência Lusa, o secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), Mário Nogueira, afirmou esperar que a possibilidade admitida pela ministra passe a "uma certeza" e que daqui a duas ou três semanas não surja uma ideia em contrário.
"Já formalizámos esta proposta três vezes [vacinação prioritária], incluindo junto do ministro da Educação e não tivemos resposta", recordou Mário Nogueira.
Para o líder da maior organização sindical de professores, a medida admitida pela ministra da Saúde é "fundamental para que as escolas possam abrir e manter-se abertas".
O ideal, referiu, seria ter a primeira toma da vacina concluída antes da reabertura dos estabelecimentos de ensino, mas também investir em testes e distanciamento nas salas de aulas, o que terá falhado no primeiro período.
Os primeiros professores a vacinar, defendeu Mário Nogueira, devem ser aqueles que nunca saíram da escola, como os que asseguram a educação especial e o funcionamento das escolas de acolhimento, entre outros casos de exceção, nomeadamente de apoio aos alunos que não dispõem de internet ou computador em casa para poderem acompanhar as atividades letivas.
A Fenprof requereu a abertura de um processo negocial que contempla esta matéria e aguarda que lhe seja marcada uma reunião com a tutela.
Também a Federação Nacional da Educação (FNE), que além dos professores representa pessoal não docente, exigiu ao Governo esta e outras medidas de proteção nas escolas.
"Registamos positivamente, embora gostássemos que a afirmação da senhora ministra fosse definitiva e não apenas apresentada como uma possibilidade", disse à Lusa o secretário-geral da FNE, João Dias da Silva, em reação à entrevista de Marta Temido.
"Colocámos essa reivindicação. Este é um caminho essencial para garantirmos a segurança das pessoas dentro das escolas", frisou.
Também para Dias da Silva, é importante que a vacinação seja possível antes de ser retomada a atividade letiva presencial.
Destacou igualmente a importância de garantir o distanciamento dentro da sala de aula, com menos alunos por sala, "um problema que não ficou resolvido na primeira fase".
"A nossa iniciativa é pedir a vacinação já e não estamos sozinhos. A UNESCO acompanha esta recomendação", sublinhou João Dias da Silva, acrescentando que há sindicatos a colocar faixas nas escolas para lembrar essa exigência.
No dia em que se assinalou um ano dos primeiros casos de infeção com o novo coronavírus diagnosticados no país, a governante considerou que a inclusão dos docentes e não docentes, incluindo os que não integram grupos de risco, na primeira fase de vacinação que está a decorrer é uma "hipótese que está a ser analisada, não só em Portugal, como também em outros países".
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.549.910 mortes no mundo, resultantes de mais de 114,7 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 16.389 pessoas em 805.647 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
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