Ventos fortes provocaram, sobretudo, a queda de bananas e de citrinos (laranja e limão), que estavam no início da campanha de colheita.
A passagem da tempestade pós-tropical Gabrielle pelos Açores trouxe prejuízos na produção de fruta na ilha Terceira, sobretudo na produção de banana, disse à Lusa o presidente da cooperativa Fruter.
"Estávamos com a produção um pouco atrasada, este ano, e havia muita banana a amadurecer agora para o mês de outubro. Tinha cachos muito pesados e houve muita banana que aturou e foi para o chão", afirmou o presidente da Fruter, Paulo Rocha.
A tempestade pós-tropical Gabrielle, inicialmente prevista nos Açores como furacão de categoria 1, provocou chuva, vento forte e agitação marítima, com particular incidência nas ilhas do grupo Central, na madrugada de quinta para sexta-feira.
Segundo Paulo Rocha, os ventos fortes provocaram, sobretudo, a queda de bananas e de citrinos (laranja e limão), que estavam no início da campanha de colheita.
Os associados da Fruter exportam ainda flores, principalmente proteas, também nesta altura do ano, em início da campanha de colheita, mas neste caso os prejuízos foram menores.
"A nível das flores, não houve prejuízos muito significativos. Houve um ou outro produtor em zonas mais altas que teve algum prejuízo em plantas que tombaram", revelou.
Na horticultura também não se registaram grandes prejuízos, mas houve estragos em algumas estufas.
Questionado sobre os montantes envolvidos, Paulo Rocha disse que "não é fácil contabilizar" e que cada produtor estará a fazer esse levantamento.
Na produção de banana, no entanto, a cooperativa perspetivava uma colheita "acima da média" no final de outubro.
Na sexta-feira, a Federação Agrícola dos Açores (FAA) revelou, em comunicado de imprensa, que foram registados prejuízos, em várias ilhas, particularmente na cultura do milho forrageiro, considerando "urgente criar um sistema de seguros agrícolas que dê mais segurança aos agricultores".
Também o presidente da Fruter defendeu que é necessário criar seguros ou encontrar um mecanismo alternativo que compense os produtores agrícolas.
"É uma questão que há anos que andamos a debater e tem de se resolver ou de uma maneira ou de outra. Não podemos continuar sem uma salvaguarda", sublinhou.
Segundo Paulo Rocha, se as seguradoras não aceitarem criar seguros agrícolas, pode ser criado "um fundo de emergência agrícola, em que o agricultor faça um desconto e seja ressarcido".
Caso sejam criados seguros agrícolas, o presidente da cooperativa Fruter defendeu que todos os produtores devem subscrevê-los, sob pena de uns pagarem seguros e outros serem apoiados pelo Governo Regional, como aconteceu no passado.
"Os que não faziam seguros quase que às vezes recebiam da parte do Governo Regional mais do que os que faziam seguro. Tem de haver por parte do Governo Regional uma atitude firme: ou vai tudo para os seguros ou arranja-se um método de compensar este tipo de situações", salientou.
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