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UGT entrega pré-aviso de greve mas mantém disponibilidade para diálogo

CGTP e a UGT decidiram convocar uma greve geral para 11 de dezembro, em resposta ao anteprojeto de lei da reforma da legislação laboral, apresentado pelo Governo.

20 de novembro de 2025 às 13:19

A UGT entregou esta quinta-feira, em Lisboa, um pré-aviso de greve para 11 de dezembro, negando avançar com dois dias de paralisação, mas mostrou-se disponível para continuar a dialogar com o Governo e restantes parceiros.

"Entregámos um pré-aviso de greve, de acordo com a decisão dos órgãos da UGT para 11 de dezembro. Até ao dia 11, estamos totalmente disponíveis para o diálogo e negociação. Estaremos totalmente disponíveis para nos sentar à mesa", afirmou o secretário-geral da UGT, Mário Mourão, que falava aos jornalistas, após a entrega do pré-aviso de greve geral, no ministério do Trabalho, em Lisboa.

A CGTP e a UGT decidiram convocar uma greve geral para 11 de dezembro, em resposta ao anteprojeto de lei da reforma da legislação laboral, apresentado pelo Governo.

Mário Mourão não colocou de lado a possibilidade de a greve vir a ser desconvocada, tendo em conta que a central sindical apresentou ao Governo algumas propostas para que o pré-aviso fosse levantado.

Em causa está, por exemplo, a disponibilidade do Governo para retirar a proposta que está em cima da mesa.

Contudo, vincou que a central sindical não se opõe a uma reforma laboral, embora tenha ressalvado que o processo não começou bem.

Mourão disse que algumas das questões da reforma laboral que merecem mais preocupação à UGT são o banco de horas, 'outsourcing' (contratação de serviços a uma empresa externa) e os contratos a termo.

"Se nenhuma das partes abdicar não é uma negociação, não é diálogo e provavelmente não haverá acordo", referiu, precisando que as negociações bilaterais ainda decorrem e que é preciso "continuar a partir pedra".

O secretário-geral da UGT esclareceu ainda que nunca esteve em cima da mesa a possibilidade de avançar para dois dias de greve geral e que as negociações têm decorrido dentro da normalidade, apesar dos momentos de tensão.

"Nós tivemos uma proposta depois de a UGT ter anunciado que iria adotar novas formas de luta, incluindo a greve geral. É pena que não tenha surgido uma proposta antes. Uma greve geral é sempre uma das armas que os trabalhadores têm", assinalou.

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