Quando o auge da primeira onda pandémica da gripe A (H1N1) atingir Portugal, o que se espera venha a acontecer neste Outono, serão poucos os portugueses vacinados e que tenham adquirido imunidade contra a doença, só alcançada cerca de duas a três semanas após a vacinação.
Os primeiros lotes de vacinas, em pequena quantidade, só deverão chegar a Portugal, na melhor das hipóteses, a partir de Outubro, e serão destinados prioritariamente e de forma faseada aos grupos de risco.
Conforme o director da Escola Nacional de Saúde Pública, Constantino Sakellarides, admite ao CM, apesar de toda a urgência que se tem colocado a nível internacional na produção da nova vacina, a cargo de alguns laboratórios em vários países, esta não chegará a tempo de os portugueses enfrentarem a primeira onda de pandemia. “É provável que haja uma primeira onda no Outono, e durante essa onda só uma parte dos portugueses estará vacinada, não chegará a tempo de vacinar todos os grupos de risco, já contávamos com isso.”
Segundo o especialista, o grande impacto da vacina será “dificultar a segunda onda, não permitir a propagação do vírus e criar imunidade de grupo”. As vacinas deverão chegar a Portugal a partir de Outubro.
O administrador hospitalar Manuel Delgado admite que possa haver “algum atraso” na imunidade para enfrentar a primeira onda, mas assegura que os serviços hospitalares estão preparados para um aumento de afluência dos utentes.
CARLA SILVA RECUPERA EM CELORICO
Carla Silva, uma das vítimas mais graves do vírus H1N1, já está a recuperar perto de casa e da filha bebé, em Celorico de Basto. "Quando a filha a viu, começou logo a rir", contou ao CM Artur Silva, marido de Carla.
A paciente deixou a unidade de infecto-contagiosas do Hospital de São João, no Porto, há uma semana. Carla, de 30 anos, pode agora ver Gabriela, de seis meses, diariamente, durante as visitas ao Centro de Fisioterapia de Celorico, onde ainda está internada para reabilitação. "Já fala bem e já anda, mas ainda tem pouca força nos braços", disse ao CM Artur Silva.
A jovem está curada da gripe A e da pneumonia associada. Falta saber ainda como foi infectada.
"Foi um susto muito grande, mas o pior já passou", referiu o marido. Artur queixa-se do atendimento no Centro de Saúde de Celorico de Basto e elogia o serviço da unidade de infecto-contagiosas do Hospital de São João.
GRIPE VISTA À LUPA
Duas doses da nova vacina deverão ser necessárias para as crianças com idades inferiores a dez anos, porque não têm um sistema imunitário maduro. Os adultos deverão ser vacinados com uma dose.
DOENTES
Os dois doentes internados na Unidade de Cuidados Intensivos do Hospital Curry Cabral, Lisboa, apresentam ligeiras melhoras. O jovem internado no Hospital de Faro continua em coma induzido.
15 de Setembro é a data da aprovação da nova vacina pela FDA, aautoridade americana do medicamento.
TÉCNICA DE PRODUÇÃO
A técnica de produção da nova vacina da gripe A é igual à da sazonal, pelo que é possível aos laboratórios acelerarem o processo de fabrico.
"O plano de contingência tem tido um papel importante na contenção da propagação, mas é difícil lutar contra os vírus", Meliço Silvestre, Epidemiologista
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