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Vigília de protesto no sábado por fecho de serviços no hospital de Chaves

Presidente da Câmara de Chaves teme uma perda significativa da capacidade de resposta daquela unidade hospitalar.

24 de outubro de 2023 às 20:11

A Comunidade Intermunicipal do Alto Tâmega e Barroso (CIMAT) convocou uma vigília de protesto para sábado, em Chaves, contra o previsível encerramento de serviços durante o mês de novembro no hospital, foi esta terça-feira anunciado.

A tomada de decisão da CIMAT resulta do "elevado risco de encerramento, a partir do próximo dia 01 de novembro, do serviço de urgência pediátrica e da urgência médico-cirúrgica no seu conjunto, bem como do serviço de internamento de ortopedia da unidade hospitalar de Chaves", que está inserida no Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD)

A comunidade intermunicipal, que agrega os municípios de Boticas, Chaves, Montalegre, Ribeira de Pena, Valpaços e Vila Pouca de Aguiar, apelou, em comunicado, "à mobilização de toda a comunidade na defesa do direito constitucionalmente consagrado, o direito à proteção da saúde".

A CIMAT, que esteve reunida esta ter, decidiu ainda solicitar audiências de urgência com o ministro da Saúde e o diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Já na segunda-feira, o presidente da Câmara de Chaves, o socialista Nuno Vaz, alertou para um mês de novembro crítico no hospital daquela cidade devido à indisponibilidade dos médicos para realizar mais horas extraordinárias além das 150 previstas na lei, podendo vir a ser afetados os serviços de urgência pediátrica, internamento e urgência de ortopedia e urgência médico-cirúrgica.

O autarca teme uma perda significativa da capacidade de resposta daquela unidade hospitalar que serve os concelhos de Chaves, Boticas, Montalegre e Valpaços, e avisou para os "constrangimentos e congestionamentos" decorrentes da concentração de serviços na sede social do CHTMAD, em Vila Real.

Já esta terça-feira, o diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde avisou, em entrevista ao jornal Público, que se os médicos não chegarem a acordo com o Governo, novembro poderá ser o pior mês dos últimos 44 anos no SNS.

Fernando Araújo considerou que os médicos têm de reclamar direitos, "mas de uma forma que seja eticamente irrepreensível".

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