'Criações' por inteligência artificial abrem nova polémica

Ferramenta que permite converter imagens em versão de animação ‘Ghibli’ vem incendiar discussão sobre direitos de autor.

29 de março de 2025 às 01:30
‘A viagem de Chihiro’, um dos filmes mais populares dos Estúdios Ghibli Foto: Direitos Reservados
Pedro Nuno Santos Foto: Direitos Reservados
A polémica reunião na Casa Branca Foto: Direitos Reservados
Versão Ghibli de uma imagem real de uma mulher a ser presa Foto: Direitos Reservados

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Uma nova ferramenta de geração de imagens do ChatGPT, lançada esta semana pela OpenAI, veio abrir nova polémica em torno da inteligência artificial (IA). Esta permite aos utilizadores transformar qualquer imagem numa versão que parece saída de um filme de animação japonês com os mesmo traços e estilos característicos dos Estúdios Ghibli, um dos mais importantes de cinema de animação japonês.

O fenómeno, que já recebeu o nome de ‘Ghiblificação’, veio, em pouco tempo, atirar mais uma acha para a fogueira em torno do desrespeito pelos direitos de autor no que toca à inteligência artificial. “Estão a usar o nome, a marca e a reputação do Ghibli para promover os produtos da OpenAI. Isso é exploração”, comentou a propósito à AP News a artista Karla Ortiz, ela que já trabalhou com alguns dos maiores estúdios de animação do mundo, incluindo, por exemplo, o Marvel Studios.

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O fenómeno de ‘Ghiblificação’ rapidamente alastrou-se por toda a Internet e se, por um lado, levou a criar memes ou versões de fotos pessoais como aconteceu com o líder do PS, Pedro Nuno Santos, houve situações que geraram polémica como a imagem partilhada pela conta oficial do Governo de Trump, que retratava uma mulher a chorar após ser presa por agentes de imigração dos EUA. Curioso é que, em 2016, Hayao Miyazaki, cofundador do Studio Ghibli, já havia expressado o seu repúdio à ideia de usar inteligência artificial para gerar animações. Dizia ele que estava “profundamente enojado” e que sentia que este tipo de coisas era “um insulto à própria vida”.

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