Criador de Mario Bros. vence Prémio das Astúrias

O japonês Shigeru Miyamoto, criador de séries de jogos como Mario Bros. e Donkey Kong, foi galardoado com o Prémio Príncipe das Astúrias de Comunicação e Humanidades 2012.

23 de maio de 2012 às 15:15
super mário, astúrias, prémio, comunicações, espanha, nintendo, donkey kong, edgar morin Foto: Reuters
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Miyamoto, 59 anos e funcionário da Nintendo desde 1977, bateu os outros dois finalistas seleccionados pelo júri do galardão, a agência de fotografia Magnum e o filósofo francês Edgar Morin.

O júri considerou-o o "principal artífice da revolução dos videojogos didácticos, formativos e construtivos", caracterizando-se por "excluir das suas criações a violência e por inovar com programas e formatos que ajudam a exercitar a mente nas suas múltiplas facetas e que são muito valiosos do ponto de vista educativo".

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"Conseguiu com a sua grande imaginação criar sonhos virtuais para que milhões de pessoas de todas as idades interajam, gerando novas formas de comunicação e de relação, capazes de ultrapassar fronteiras ideológicas, étnicas e geográficas", sublinha.

Considerado o pai dos videojogos modernos, Miyamoto, natural de Kyoto, é actualmente o director administrativo geral da área de Entretenimento, Análise e Desenvolvimento da Nintendo.

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Além do Mario Bros., que vendeu já mais de 275 milhões de unidades em todo o mundo - sendo assim a saga mais comercializada da história - Miyamoto criou mais de 100 outros jogos incluindo o ‘The Legend of Zelda’.

Em 1996 criou o Super Mario 64, o primeiro jogo realizado integralmente em 3D e foi o criador da primeira consola de dois ecrãs, a Nintendo DS que este ano substituiu a tradicional auto-guia do Museu do Louvre.

Miyamoto criou ainda jogos como o Brain Training, Wii Music e Wii Fit, conseguindo assim popularizar os videojogos entre outros sectores da população mundial.

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Para o criador, os jogos devem ser um elemento de integração familiar e social.

Este foi o terceiro dos oito prémios anuais Príncipe de Astúrias, tendo sido outorgados ao arquitecto espanhol Rafael Moreno o Prémio das Artes e à filósofa norte-americana Martha C. Nussbaum o Prémio de Ciências Sociais.

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