Presidente da Microsoft defende que o desafio da empresa será adaptação de empregos

O presidente da Microsoft, Brad Smith, defendeu esta terça-feira à Lusa que o desafio da empresa tecnológica "não é reduzir o número de funcionários", mas sim "adaptar o tipo de empregos" para aqueles que são necessários.

"No ano passado, tivemos que reduzir o número de funcionários numa determinada área para podermos aumentar o número de funcionários noutra", disse o presidente da tecnológica norte-americana à Lusa depois do seu discurso na Web Summit, em Lisboa.

Smith acredita que o futuro irá passar pela "mudança de empregos". "Isso dá-nos a oportunidade de investir mais no treino do nosso próprio pessoal, de modo a que as pessoas possam desenvolver as competências para mudar de um emprego para outro", disse.

"Acredito que podemos trabalhar com mais pessoas para ajudá-las a movimentarem-se dessa forma", acrescentou.

O também vice-'chairman' afirmou ainda que é necessário fazer "com que isso se torne o novo normal", fazendo referência à adaptação de competências.

A Microsoft anunciou esta terça-feira que "irá implementar 12.600 GPU (unidade de processamento gráfico) NVIDIA de última geração em Sines" e que a iniciativa representa "o maior investimento da Microsoft em Portugal e o maior negócio de 'data centers' alguma vez realizado no país", segundo consta em comunicado.

"A tecnológica irá investir mais de 10 mil milhões de dólares a partir do início de 2026", lê-se no documento.

A infraestrutura irá suportar "cargas de trabalho avançadas de IA em vários setores" e está alinhada com o Compromisso Digital para a Europa da Microsoft, que prevê duplicar a capacidade dos 'data centers' em 16 países europeus até 2027.

Nesta edição da Web Summit, que decorre até 13 de novembro, são esperados mais de 70.000 participantes e acima de 2.500 'startups' a exibir os seus produtos e serviços e mais de 1.000 investidores.

A Web Summit começou em Lisboa em 2016 e a sua realização está garantida até 2028.