Tecnológicas assumem apoio a Trump
Aliança do novo Presidente dos EUA com os gigantes da Internet está a gerar preocupação ª FIM Plataformas investem milhões em troca de contratos e imunidade perante o escrutínio europeu
Os gigantes da tecnologia estão a formar uma aliança preocupante com Donald Trump, num movimento que já é denominado como ‘broligarchy’, o termo criado para definir o grupo de bilionários movidos por uma ideologia tóxica que apoia a agenda do novo Presidente. Após Elon Musk (rede social X, Tesla, SpaceX), Jeff Bezos (Amazon) e Sam Altman (OpenAI), foi a vez de Tim Cook (Apple) e Mark Zuckerberg (Facebook, Instagram) anunciarem o seu apoio incondicional ao republicano, com doações generosas para o seu fundo de tomada de posse.
Com isto, os líderes das tecnológicas esperam conseguir contratos públicos milionários, imunidade perante o escrutínio dos reguladores, sobretudo da Comissão Europeia, e liberdade total para investir no desenvolvimento da inteligência artificial (IA), contornando a problemática dos direitos de autor.
Tudo isto ao mesmo tempo que veem as suas fortunas crescerem: depois de in- vestir milhões de dólares na campanha de reeleição de Trump, Musk viu as ações da Tesla dispararem 40%.
Na terça-feira, Zuckerberg anunciou que vai acabar com o seu programa de verificação de factos nos EUA, dando um passo atrás no combate à desinformação e ao discurso de ódio. Uma medida que poderá chegar à Europa, que acusa de “institucionalizar a censura”.
Foi removida uma parte da política de utilização no site da Meta onde era indicado que, nas redes sociais da empresa, não se poderia considerar mulheres como “objetos domésticos ou propriedade” ou “pessoas de raça negra como equipamentos agrícolas”.
Já a ‘Wired’ alerta para o facto de a rede social passar a permitir “alegações de doença mental ou anormalidade baseadas em género ou orientação sexual”.
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