Petição partiu de um grupo de quatro jovens ativistas.
Cerca de 170 mil pessoas, entre as quais 21 mil portugueses, assinaram uma petição exigindo à plataforma Tik Tok que corrija o seu "design tóxico" e viciante que expõe crianças e jovens a conteúdos prejudiciais.
A petição partiu de um grupo de quatro jovens ativistas que a vai entregar, esta terça-feira, nos escritórios do Tik Tok, em Dublin, na Irlanda, revelou a Amnistia Internacional (AI) em comunicado.
A petição conta com "170.260 assinaturas de todo o mundo, das quais 21.136 de Portugal", acrescentou a organização.
"Estas assinaturas representam uma exigência global para que o TikTok substitua o seu atual modelo de negócio de uma aplicação viciante por um modelo seguro. O seu design tóxico causou danos a crianças em muitas partes do mundo", afirmou Zahra Asif Razvi, ativista da Amnistia Internacional.
A petição intitulada "Torne o TikTok mais seguro para crianças e jovens" foi entregue por Mary Kate Harten e Trinity Kendi, da Irlanda, Abril Perazzini, da Argentina, e Noe Hamon, de França.
No texto da petição, os subscritores pedem que a plataforma se torne mais segura para que "crianças e jovens possam socializar, aprender e aceder a informações sem serem prejudicados".
A Amnistia Internacional publicou dois relatórios em 2023 que denunciaram como o sistema de recomendação do TikTok e as suas práticas invasivas de recolha de dados amplificaram conteúdos depressivos e suicidas.
Apesar das medidas de mitigação de risco anunciadas pelo TikTok no ano passado, a Amnistia Internacional diz que a plataforma continua a expor utilizadores vulneráveis a conteúdos que normalizam a automutilação, o desespero e os pensamentos suicidas.
A investigação da Amnistia Internacional mostra que o modelo de negócio do TikTok prioriza o envolvimento para manter os utilizadores viciados e impulsiona uma extensa recolha de dados direcionada aos anunciantes.
Jovens franceses entrevistados numa recente investigação da Amnistia Internacional relataram fluxos de vídeos que normalizavam e encorajavam a automutilação e o suicídio após visualizarem conteúdos relacionados com a saúde mental.
O problema do uso abusivo das redes sociais está a ser analisado também pelo poder político: Esta terça-feira, no Parlamento Europeu (PE), os eurodeputados discutem um relatório que recomenda a proibição da utilização das redes sociais a menores de 13 anos e um limite mínimo de 16 anos.
O relatório refere que as redes sociais estão a fazer pouco para proteger as crianças de conteúdos que podem ser prejudiciais e por isso recomenda a todos os países da União Europeia (UE) que proíbam a utilização das redes sociais a menores de 13 anos.
Para os adolescentes entre os 13 e os 16 anos, a utilização deverá estar condicionada pela autorização parental e supervisão.
O relatório, da autoria do europarlamentar dinamarquês socialista Christel Schaldemose, constata que as principais plataformas digitais falharam na proteção dos menores, não só dos conteúdos que consumiam, e pouco ou nada fizeram na prevenção de conteúdos que podem criar dependência, problemas de saúde e exposição a conteúdos ilegais.
Pedindo uma aplicação concreta da legislação que estas plataformas têm de cumprir, o relatório também lamentava a falta de harmonização nas regras digitais entre os 27 países do bloco comunitário.
Em setembro, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, admitiu proibir redes sociais a crianças na UE, estudando tal limitação até final do ano.
"Tal como nos meus tempos, nós, como sociedade, ensinávamos aos nossos filhos que não podiam fumar, beber e ver conteúdo adulto até uma certa idade. Acredito que é hora de considerarmos fazer o mesmo com as redes sociais", afirmou Ursula von der Leyen, numa altura em que países como Dinamarca, Grécia, França, Espanha, entre outros, avaliam como limitar esta utilização a menores.
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