A Apple foi processada, esta segunda-feira, por duas mulheres norte-americanas que alegaram que a tecnologia das Air Tags as tinha deixado em risco. Segundo avança a
CNN Internacional, os ex-companheiros terão utilizado os dispositivos de localização com o intuito de as perseguir e controlar.
A ação contra a gigante de tecnologia foi apresentada no tribunal federal de São Francisco e as mulheres procuram obter uma recompensa financeira pelos danos psicológicos que lhes foram causados.
Uma das queixosas contou que o ex-marido a estava a perseguir e a intimidar desde o fim da relação. Numa viagem à Austrália, a mulher, que se assumiu com Jane Doe perante os meios de comunicação norte-americanos, reparou que na mala do filho estava uma Air Tag
. Apesar dos esforços a tentar livrar-se do aparelho de localização, o antigo companheiro já sabia do seu paradeiro.
"Jane Doe continua a temer pela sua segurança. O perseguidor demonstrou o compromisso de continuar a usar as
Air Tags para a localizar, assediar e ameaçar. [A mulher] avançou com a queixa anonimamente devido ao facto de o risco de ser identificada poder acrescer o assédio de que tem sido vítima", refere no processo judicial.
As
Air Tags são dispositivos de localização que a gigante de tecnologia lançou em 2021 para ajudar os consumidores a encontrar com mais facilidade objetos como as chaves de casa, telemóvel e a carteira.
As queixas e o perigo que as duas mulheres vieram a alertar sobre os dispositivos não são novas. A Apple chegou a fazer, este ano, algumas atualizações às
Air Tags para diminuir os riscos.
A empresa já avançou com pedidos de desculpa às vítimas.