Ministro da Economia esteve presente na inauguração de um novo projeto tecnológico da universidade, com um valor de 2,3 milhões de euros.
O ministro da Economia e Coesão Territorial enalteceu o trabalho realizado no Instituto Universitário de Lisboa, nomeadamente o centro de investigação na área da fibra ótica com vários núcleos, que poderá "transformar Portugal no centro mundial de telecomunicações óticas".
"O ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa é muito conhecido pelas suas capacidades, pelo conhecimento que tem no ponto de vista das ciências sociais e humanas, mas o ISCTE está a dar passos também na área da tecnologia e é muito bom que assim aconteça", disse esta segunda-feira Castro Almeida.
O ministro falava na inauguração do banco de testes de fibras óticas multinúcleo (Lisbon Underground Multicore Fiber Ring -- LUMIRing) que decorreu no ISCTE, e na estação da Cidade Universitária, na Linha Amarela do Metropolitano de Lisboa, onde o LUMIRing ficou instalado.
O projeto tem o valor de 2,3 milhões de euros, tendo Castro Almeida adiantado que cerca de 600 mil euros vêm da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo, do Programa Lisboa 2030, e 900 mil euros da Fundação Calouste Gulbenkian, sendo o restante de verbas próprias do ISCTE.
"Hoje, há cada vez mais pessoas a precisar de fibra ótica e a fibra tem de ser ela própria melhorada. O que o ISCTE está aqui a estudar é a possibilidade (...) de uma fibra ótica ter vários núcleos, o que significa multiplicar por várias vezes a velocidade das comunicações por fibra ótica", disse o governante.
Castro Almeida revelou ter aprendido esta segunda-feira uma nova palavra, dizendo que, além dos gigas e dos teras, há agora o peta, "que é a unidade de medida que está agora (...) a usar nesta experiência".
"Portanto, é muito bom ver a Universidade a investigar, associada a empresas, para poder pôr no mercado novos cabos de fibra ótica, muito mais rápidos do que aqueles que hoje temos", afirmou.
Para o ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, este é o momento que junta o "melhor que a Universidade portuguesa tem na área das telecomunicações, com uma empresa de infraestruturas que é o Metro de Lisboa, e a capacidade de criar um 'living lab' em condições reais de operação para aquilo que é o futuro das telecomunicações por fibra ótica".
"As telecomunicações em Portugal são condição necessária para a atração de investimento e as infraestruturas estão a fazer esse investimento em conjunto com a iniciativa privada e agora com o conhecimento, com o talento das Universidades portuguesas", reiterou.
O novo banco de testes vai permitir experimentar, em ambiente urbano real, fibras óticas com quatro e sete núcleos, que prometem multiplicar a capacidade de transmissão de dados e revolucionar as comunicações globais a partir de 2026.
A instalação do cabo iniciou-se em 01 de setembro e os testes operacionais decorrem em 2026.
Instalado ao longo da linha Amarela, entre Odivelas e o Rato, o sistema abrange 26 quilómetros de infraestrutura subterrânea, e terá, para ensaios, mais de 1.900 km de fibra multinúcleo, dos quais 728 quilómetros de fibra multinúcleo do mesmo tipo, tornando-o o mais extenso e tecnicamente avançado do mundo.
A dimensão do "testbed" no Metropolitano de Lisboa será incomparavelmente maior do que as instalações em funcionamento noutras paragens do mundo: uma infraestrutura para ensaios em ambiente real com um cabo de 74 fibras (64 de quatro núcleos e 10 de sete), totalizando 326 canais e 728 km equivalentes de ensaio ao longo do trajeto.
Para Maria Helena Campos, presidente em exercício do Metro de Lisboa, esta colaboração representa "uma oportunidade ímpar para o ensaio de tecnologias de última geração em ambiente urbano real e com dimensão operacional".
"Esta parceria evidencia a capacidade do Metropolitano de Lisboa para atrair projetos de elevado valor científico e tecnológico, projetando a sua imagem no panorama nacional e internacional e fomentando sinergias com instituições académicas e científicas, num quadro de responsabilidade pública e compromisso com o desenvolvimento sustentável", disse Maria Helena Campos.
O Instituto Nacional de Tecnologia de Informação e Comunicação do Japão (NICT) foi o primeiro organismo a assinar protocolo com o ISCTE no projeto de testes de fibra ótica multinúcleo. A agência estatal japonesa é responsável por quebrar, em 2025, o recorde mundial de velocidade de internet usando fibras óticas, atingindo 1,02 petabits por segundo.
Além do grupo alemão Heraeus Covantics, líder global em produtos de quartzo de alta pureza para a produção de fibra ótica, são parceiros no banco de ensaios do ISCTE, o Metropolitano de Lisboa, a Telcabo, empresa portuguesa instaladora do cabo de fibra multinúcleo, e o grupo italiano Tratos Cavi, responsável pelo cabo que envolve as fibras multinúcleo.
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