Consumo de notícias online está a aumentar
‘Jornalistas-influencers’ colocam em risco acrescido a escassez de confiança e a desinformação.
O consumo diário de notícias através das redes sociais tem aumentado em todas as faixas etárias, mas são os canais de televisão aberta que continuam a ser considerados mais credíveis, seguidos dos jornais. A conclusão é de um estudo (‘Meaningful Media’) realizado pela Havas Media Network sobre a forma como os portugueses se relacionam com os meios de comunicação e a publicidade.
Segundo o estudo, desde 2023 tem vindo a registar-se uma mudança entre os mais jovens (dos 15 aos 34 anos), com os motores de busca a ganharem terreno em detrimento da rádio e com as redes sociais a entrarem para o top 5 de credibilidade, com “os vídeos virais a tornarem-se, cada vez mais, o ‘prime time’ dos jovens, não só como fonte de entretenimento, mas também de informação”. Ainda assim, a tendência de “fuga a notícias” (‘news avoidance’) está a aumentar, “refletindo cansaço face à negatividade e ao contexto de ‘permacrise’ [crise permanente]”.
O estudo alerta ainda para a “crescente substituição do jornalismo profissional por criadores de conteúdos digitais, ou ‘jornalistas-influencers’, que coloca riscos acrescidos de escassez de confiança, potenciados pela desinformação e polarização de opiniões”. Curiosa é a conclusão no que toca à publicidade, com 54% dos utilizadores de 15 a 34 anos a revelarem “menor tolerância” e a utilizarem mesmo ‘adblockers’ (bloqueadores de anúncios).
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