“Medições de audiência da rádio premeiam a mediocridade”
Carlos Rodrigues, diretor-geral editorial da Medialivre, defende uma "alteração profunda" no sistema de medição de audiências na rádio.
Como está a correr a Correio da Manhã Rádio?
Estamos a afinar a grelha; cada vez mais fortes e vamos continuar a crescer. Na rádio, a frágil medição de audiências dificulta-nos muito a tarefa, nesta empresa não sabemos trabalhar sem avaliação permanente do que fazemos.
Que críticas aponta a essa medição?
O atual sistema de medição de audiências na rádio contraria o nosso ADN. Sabermos o im- pacto do nosso trabalho a in- tervalos de 3 meses é ridículo numa indústria que movimenta tanto dinheiro em publicidade e que gera tantos empregos. Piora o serviço, cria insegurança nas decisões editoriais e de gestão de investimento. Só serve para premiar mediocridade e eternizar privilégios.
O que há a fazer?
Defendo uma alteração profunda. Medições com este grau de subjetividade, e sobretudo tão espaçadas, com meses de intervalo, mais não fazem do que reduzir o mérito e cristalizar falsas hierarquias. Todos os players, as agências e os anunciantes têm de fazer uma reflexão séria sobre este tema. A rádio não pode ser o parente pobre da indústria dos media.
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