CM defende jornalismo rentável e autorregulado

Diretor-adjunto do CM/CMTV fez síntese de reflexão da redação sobre desafios atuais do jornalismo.

14 de janeiro de 2017 às 01:45
congresso, jornalistas Foto: Vítor Mota
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Os novos desafios das plataformas digitais, a precariedade da atividade jornalística e a deontologia e regulação do setor estiveram, ontem, em debate no segundo dia do 4º Congresso dos Jornalistas Portugueses (que se realiza 18 anos depois do último encontro), no Cinema S. Jorge, em Lisboa.

Carlos Rodrigues, diretor-adjunto do Correio da Manhã e da CMTV, foi um dos oradores convidados e fez uma síntese de um comunicado enviado ao congresso, assinado por Eduardo Dâmaso, Miguel Alexandre Ganhão e Alfredo Leite, que resulta de uma reflexão e dos contributos efetuados pela redação sobre os desafios que se colocam atualmente ao jornalismo.

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O responsável destacou ainda a importância de o jornalismo ser uma atividade rentável e criticou o excesso de regulação da profissão.

"Temos de questionar se devemos continuar a aceitar as camadas de heterorregulação que existem - devemos pensar, por exemplo, se ainda se justifica ter uma Entidade Reguladora para a Comunicação Social - ou se devemos colocar definitivamente em cima da mesa o incremento da autorregulação", afirmou Carlos Rodrigues.

O diretor-adjunto do Correio da Manhã e da CMTV defendeu ainda que a "independência e investigação" devem ser "palavras-chave da atividade dos jornalistas", que deve ainda ser "rentável". Nesse sentido, alertou para o "roubo diário feito pelas grandes multinacionais agregadoras de conteúdos [como o Google e o Facebook], que não pagam impostos em Portugal e que roubam a riqueza coletiva".

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O Congresso dos Jornalistas prolonga-se até amanhã.

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