Difamação investigada pela Judiciária e Europol
Site avançou que eurodeputada Ana Gomes estaria envolvida em rede de corrupção e fraude.
Ana Gomes é uma das mais recentes vítimas do fenómeno das notícias falsas (fake news), depois de o site EU Anti-Corruption (EAC) ter avançado que a eurodeputada estaria envolvida numa rede de corrupção e fraude ligada a um milionário cazaque.
A queixa já foi entregue à Polícia Judiciária e à Europol. "Estou a aguardar pelos resultados da investigação", diz ao Correio da Manhã Ana Gomes, vice-presidente da Tax 3 – comissão de inquérito do Parlamento Europeu que investiga crimes financeiros - acrescentando que o seu caso não é único.
"Os responsáveis do Facebook disseram-me que, nos últimos meses, fecharam centenas de sites do mesmo género", revela.
Tudo começou em novembro, dois meses depois da visita de Ana Gomes ao Cazaquistão, quando o EAC publicou um artigo intitulado ‘As ligações da eurodeputada Ana Gomes ao mundo obscuro de um fraudulento global’, em que a associava a Mukhtar Ablyazov, milionário cazaque acusado de vários crimes financeiros e que a eurodeputada afirma não conhecer.
As suspeitas de ligação a fake news levaram a rede social Facebook a bloquear a página do EAC. Segundo escreveu Ana Gomes na sua queixa, esta tinha sido criada há "apenas dois meses e já contava com 23 mil seguidores".
"Mal esta peça foi publicada no site, foi de imediato usada por membros do partido no poder em Malta para me difamar", explica a eurodeputada, que teceu duras críticas à forma como o governo maltês investigou a morte da jornalista Daphne Galizia, em 2017.
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