Escândalo: Facebook espia utilizadores mesmo sem estarem ligados à aplicação
Rede social tem maneira de rastrear o histórico de navegação dos internautas.
É mais um escândalo a ensombrar o Facebook. Segundo especialistas do Instituto IMDEA Networks – uma fundação espanhola sem fins lucrativos – a rede social do grupo Meta está a espiar os utilizadores, mesmo quando estes não estão ligados à aplicação. Os analistas terão percebido que o Facebook consegue, através de ferramentas de rastreamento instaladas em muitos sites, recolher informação sobre o histórico de navegação dos internautas. Mesmo que estes estejam em modo de navegação privada ou se recusarem os cookies. De acordo com estimativas daquele organismo, mais de 5,8 milhões de sites estão equipados com essa ferramenta de rastreamento – a ‘Pixel Meta’.
Tal prática viola as regras de uso do Android, conforme denuncia o site Ars Technica, que contactou diretamente a Meta para obter esclarecimentos. A empresa fundada por Mark Zuckerberg respondeu que “neste momento estão a ser desenvolvidas contramedidas para limitar a possibilidade de serem cometidos abusos”.
O Facebook, criado em 2004 e desde 2021 aglomerado no grupo Meta, não se livra dos escândalos. O primeiro rebentou em 2018 e envolveu a empresa de consultoria Cambridge Analytica. Ficou a saber-se que a firma britânica se tinha apropriado ilegalmente dos dados de milhões de utilizadores do Facebook, sem o seu consentimento, para a difusão de propaganda política. Desde então o Facebook foi também acusado de ajudar a espalhar notícias falsas, mensagens de ódio e conteúdo violento, o que obrigou a rede social a apertar o escrutínio às publicações dos seus utilizadores.
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