Fábio Porchat: "Adoro o público português"

Porta dos Fundos nasceu e cresceu na internet, pois sempre rejeitaram a televisão. O que mudou?

Não queríamos estar na televisão se não fosse para fazer as coisas à nossa maneira. Nunca aceitaríamos que nos censurassem, dizendo para não pôr um ‘piiiii’. Quando a FOX nos ofereceu a oportunidade de exibir os sketches que já tínhamos, decidimos aceitar.

Como é que está a correr a experiência no Brasil?

A audiência triplicou no horário [22h30].

E a 17 de fevereiro [21h45], a série estreia em Portugal...

Nunca pensei que a Porta dos Fundos tivesse tantos fãs em Portugal. Mas está na altura de conquistar um novo público e crescer ainda mais.

A que se deve este sucesso?

O humor brasileiro estava muito ‘bunda mole’ [fraco] e ultrapassado. O nosso objetivo foi criar um humor que nós gostássemos, que nos permitisse falar sobre o que quiséssemos. A geração da internet é isso mesmo: dizer tudo aquilo que queremos.

Costuma vir a Portugal. Conhece humoristas portugueses?

Adoro o público português e conheço o trabalho da Maria Rueff, do Herman José – que acho um génio –, dos Gato Fedorento e do Ricardo Araújo Pereira e do César Mourão. São todos muito talentosos.

Do que gosta mais em Portugal?

A comida é imbatível. Bebo, como e divirto-me muito. Além de ser um país lindo, tem uma tranquilidade que adoro.

Também estão a fazer um filme...

Começamos a gravar em maio e deve estrear em dezembro. Só posso dizer que vai ser uma história com princípio, meio e fim, com o elenco da Porta dos Fundos e realizado por Ian SBF.