“Fazer de mãe tem pouco a ver comigo”

Apesar do registo dramático na novela da SIC ‘Perfeito Coração’, a actriz confessa adorar fazer comédia. A bruxa Delfina, em ‘Floribella’, foi um marco na carreira e um salto para a popularidade.<br/>

12 de fevereiro de 2010 às 00:00
“Fazer de mãe tem pouco a ver comigo” Foto: Duarta Roriz
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- Gostou de fazer ‘Perfeito Coração’?

Foi a primeira vez que trabalhei com a SP Televisão e foi fabuloso. Foi a melhor produtora de televisão com quem trabalhei. São fantásticos do ponto de vista profissional e humano.

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- E como foi fazer de Rita Santana, mais velha e mãe de duas crianças?

É uma personagem que tem pouco a ver comigo, que sou mais nova e não tenho filhos, mas foi interessante trabalhar nesse registo. As crianças deram trabalho, mas foram um desafio.

- Está nos seus planos ser mãe?

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Quando tiver de ser, será. Não é uma coisa que monopolize as minhas preocupações. Tenho cinco sobrinhos que adoro e que me dão imenso trabalho.

- Que recorda do seu papel em ‘Floribella’, na pele da bruxa Delfina?

Foi o meu primeiro trabalho em TV. E aquela personagem foi um bombom, uma oportunidade única de fazer uma caricatura. Aquela personagem tem um lugar especial no meu coração.

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- Na rua, o público ainda fala na Delfina?

Sim, sim, não se esqueceram da menina Delfina. Aliás, começam por dizer a menina Delfina, depois a Sónia (‘Cenas do Casamento’) e Rita (‘Perfeito Coração’). É engraçado.

- Houve improviso na representação da Delfina?

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Atrevo-me a dizer que 90% das bruxas foram inventadas por mim e pela Mafalda Vilhena. Uma dizia mata, a outra esfola. Foi muito divertido, mas trabalhoso porque a novela foi longa e as personagens tinham muita energia, muito ritmo.

- Continuou no registo de comédia com ‘Cenas de um Casamento’, na SIC?

Foi outro trabalho feito num ritmo alucinante. Tivemos quatro meses para fazer duas séries. Numa sexta-feira fiz o casting e quatro dias depois estava a gravar. Mas gostei muito, porque adoro comédia. E o conceito da série foi engraçado. Só contracenei com o Tobias Monteiro, nunca me cruzei com os outros actores da série.

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- Qual é o trabalho que se segue?

Uma participação na série da RTP 1 ‘Cidade Despida’.

- Projectos?

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Ainda não há nada definido, mas talvez continue pela televisão ou cinema. Veremos.

- Na sua carreira conta com algumas incursões no cinema. Quer falar-nos desta experiência?

Não conclui o Conservatório para fazer o ‘Kiss Me’. Tinha 21 anos e foi a minha estreia numa megaprodução. Adorei, e sou uma apaixonada por cinema. A história do filme era muito gira. Acabei por não completar o último ano do Conservatório.

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- O que mais a fascina na representação?

Quando era miúda as minhas amigas queriam ser bailarinas, professoras, médicas... Eu posso ser elas todas, enquanto actriz.

- Qual é a sua referência feminina na representação?

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Custódia Galego. Quando andava no Conservatório o meu sonho era representar como ela e quando tive oportunidade de contracenar com ela na ‘Floribella’, adorei. Foi fantástico! Mas também gosto muito da Mafalda Vilhena, Cristina Cavalinhos, Ana Nave...

- Ambição de carreira?

A minha ambição é ser feliz a continuar a fazer aquilo de que gosto. Ter a possibilidade de representar já é uma felicidade. Os papéis que vierem são bem-vindos.

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- O que não perde na televisão?

‘Perfeito Coração’. Acompanho a novela e até falo com as personagens. A informação e as séries ‘Family Guy’ e ‘American Dad’.

- Em miúda o que via?

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‘Dartacão’, ‘Ana dos Cabelos Ruivos’ e as  novelas brasileiras.

- Consta que é muito tímida e que não gosta de dar entrevistas...

Sempre fui uma pessoa muito reservada. Dou entrevistas, mas não faço disso um modo de vida. Sou reservada por natureza, não tenho o hábito de expor a minha vida pessoal.

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ALFACINHA DA GRAÇA: “GOSTO MUITO DA VIDA DE BAIRRO”

“Sou bairrista, no bom sentido, e completamente lisboeta. A Graça, além de ser o ponto mais alto de Lisboa, tem uma vista fabulosa sobre a cidade. E as pessoas tratam-me muito bem. Conheço toda a gente e, no bairro, sinto-me em casa. Quando vou à mercearia as pessoas tratam-me por ‘menina Susana’ e não é por me verem na televisão, é por me conhecerem ali do bairro. Notório é a grande entreajuda entre a vizinhança. Gosto muito  da vida de bairro e acho que deve ser horrível viver num bairro dormitório, algures, num prédio onde as pessoas não se conhecem e onde ninguém fala com ninguém.  Ainda há outra vantagem de viver na Graça : É um autêntico laboratório vivo para um actor”, diz Susana Mendes sobre o bairro onde nasceu há 27 anos e onde reside. Enquanto prepara a sua participação na série policial da RTP 1 ‘Cidade Despida’, a jovem actriz conta que aproveita o tempo para “pôr a leitura em dia, passear, ouvir música, ir ao teatro e ao cinema”.

A DESCOBERTA: PEÇA NA ESCOLA

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Susana Mendes descobriu que queria ser actriz aos 15 anos, quando entrou na peça de teatro ‘O Auto da Barca do Inferno, que comemoraria os 50 anos da Escola Secundária Gil Vicente. “Lembro-me dos cinco minutos que antecederam a estreia, a entrada em palco, o momento em que senti o público... Fez-se um clique e percebi logo ali que era aquilo que eu queria fazer ”, recorda a actriz que foi para a Escola Superior de Teatro e Cinema após concluir o 12º ano.

PERFIL: DO TEATRO À TV

Susana Mendes tem 27 anos, dois irmãos mais velhos e cinco sobrinhos. Apaixonou-se pela representação ainda adolescente. Estudou na  Escola Superior de Teatroe Cinema e começou a carreira no teatro. No cinema fez ‘Kiss Me’ e  ‘Amália’, entre outros. Na TV  participou na série da TVI ‘Os Serranos’ e nas novelas ‘Floribella’, ‘Floribella II’ e ‘Perfeito Coração’, em exibição na SIC. Neste canal fez também a série ‘Cenas de um Casamento’.

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