Futuro da TDT continua incerto
Ministro da tutela quer aumentar oferta, mas não esclarece como e quando.
Quando assumiu a pasta da Comunicação Social (abril de 2013), Miguel Poiares Maduro já falava em aumentar a oferta da Televisão Digital Terrestre (TDT). Mas, quase dois anos depois, os portugueses continuam com as quatro estações generalistas e o canal Parlamento (ARTV).
Em dezembro de 2014, o ministro disse que continuava empenhado em encontrar uma solução para o futuro da TDT antes do final da legislatura. No entanto, afirmou que a mesma "não pode passar por mais um canal na plataforma".
Questionado sobre o aumento da oferta e o espaço que ficou disponível com o fim dos processos colocados pela Zon e Telecinco sobre o 5.º canal, o gabinete do ministro respondeu: "É preciso aguardar por notícias brevemente." Mas várias fontes disseram ao CM que é provável que Maduro não tome nenhuma decisão sobre a matéria antes de setembro, altura das legislativas, o que adiaria o processo para o próximo ano. Recorde-se que o próprio ministro afirmou que a "Anacom [Autoridade de Comunicações] vai mudar o sistema para melhorar a cobertura em 2016".
Refira-se, entretanto, que a reorganização dos canais TDT em Espanha, para dar espaço radioelétrico a novos serviços móveis, afetou quase um milhão de edifícios residenciais e custará 286 milhões de euros. Em Portugal, a questão não se coloca, visto que este processo aconteceu antes da migração para a TDT.
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