Hotgold quer crescer com gays e fetiches
Empresa espera fechar o ano com proveitos de 1,5 milhões de euros.
Apesar de estar em Processo Especial de Revitalização (PER), com 2,5 milhões de euros de dívidas totais, a Hotgold continua a crescer. A empresa acaba de lançar dois novos canais em Portugal, o Hot Man, com conteúdos gays, e o Hot Taboo, dedicado a fetiches e fantasias. As duas estações já estão na Vodafone e em julho chegam ao MEO.
António Santos, administrador da empresa, revelou ao CM que este ano a Filmes Hotgold espera obter receitas na ordem dos 1,5 milhões de euros, um crescimento de 15% a 20% face ao ano passado.
Sobre os novos canais, João Costa, diretor da Hot TV (canal que está presente em todos os operadores e que em 2015 teve uma média mensal de 42 800 subscritores), adianta que este era "o passo natural" para crescer neste mercado. "Se pensarmos no Hot como um canal generalista, o Taboo e o Man são os nossos temáticos", adianta.
Sobre os potenciais clientes, João Costa está otimista: "Acreditamos que 50% dos nossos subscritores vão migrar para pacotes que incluam os temáticos, da mesma forma que acreditamos que vamos conseguir ir buscar novos consumidores". Em termos de conteúdos, ambos os canais vão ter produções nacionais. No Hot Man o destaque vai para os filmes com Fostter Riviera, o primeiro ator gay português.
A Hotgold diz que recorreu ao PER, onde o maior credor é o BCP (um milhão de euros), para pagar as dívidas fiscais (de 323 mil euros) em prestações.
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