Investimento da Anacom quase duplica em 2026
Taxas cobradas às operadoras vão render menos 25 milhões de euros ao regulador.
O plano global de investimento da Autoridade Nacional das Comunicações (Anacom) para os próximos três anos é superior ao de 2025-2027, "prevendo-se um esforço acrescido e significativo na melhoria das infraestruturas, bem como na atualização e renovação das já existentes e na continuação do investimento relacionado com a transição digital", pode ler-se no Plano Plurianual de Atividades 2026-2028 e Orçamento 2026 divulgado pela entidade liderada por Sandra Maximiano.
Para o próximo ano está previsto um investimento no valor de 14,2 milhões de euros, mais 87,5% face ao orçamento de 2025, que foi de 7,5 milhões. "A necessidade de adequação técnica e tecnológica da atividade de supervisão determina que grande parte do investimento da Anacom seja atribuído à atualização e renovação das soluções técnicas ao dispor das equipas de supervisão", diz o regulador, destacando a aquisição de equipamentos e melhoria das infraestruturas de apoio aos centros de monitorização e controlo do espectro radioelétrico (CMCE), bem como com a modernização/reformulação da imagem do CMCE de Barcarena, entre outras obras a efetuar em diversas instalações.
Por outro lado, o orçamento de 2026 prevê rendimentos na ordem dos 116 milhões euros (menos 21,4 milhões de euros, ou 15,6%, do que em 2025), com a diminuição de 24,9 milhões de euros nas taxas cobradas às operadoras de telecomunicações a ter um impacto significativo nas receitas da Anacom. Já no que toca a gastos, o orçamento regista uma redução de 21,3 milhões de euros face a 2025 (menos 19%) para um total de 90,7 milhões, embora se registe uma subida dos custos com pessoal (tem atualmente 433 trabalhadores), para 37,3 milhões (mais 9,7%).
Ainda assim, a Anacom prevê que os lucros em 2026 caiam ligeiramente face a este ano e cheguem aos 25,4 milhões de euros (menos 0,20%).
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