Mega Peixoto mantém lugar como assessor

A Câmara Municipal de Lisboa (CML) vai manter o contrato de avença com António Mega Peixoto. Questionada pelo Correio da Manhã, a autarquia liderada por Fernando Medina diz que, "até ao momento, não tem conhecimento de qualquer informação que ponha em causa o trabalho para o qual foi contratado" e que "a sua contratação em nada está relacionada com a situação agora referenciada".

O caso, recorde-se, surgiu no passado sábado, quando o semanário ‘Sol’ revelou que Mega Peixoto recebeu, durante dez anos, 3550 euros mensais de José Sócrates. Este dinheiro era destinado ao pai do assessor, António Peixoto, que, entre 2005 e 2015, foi autor, sob o pseudónimo de Miguel Abrantes, do blogue Câmara Corporativa. Aí, escrevia opiniões favoráveis aos socialistas e atacava os seus opositores.

Na resposta enviada ao CM, a CML diz que "Mega Peixoto desempenha funções de assessoria ao grupo municipal do PS" e afirma que "não tinha qualquer conhecimento dos factos associados à notícia em causa".

Após solicitar esclarecimentos a Mega Peixoto, este informou que "nunca escreveu ou foi autor de publicações nos blogues identificados pela comunicação social e que não recebeu qualquer pagamento para esse fim".

Mega Peixoto assinou contrato de avença com a CML em maio de 2015, para prestar serviço de assessoria no gabinete do vice-presidente Duarte Cordeiro, recebendo, por isso, 2135,39 euros mensais.