Mundiais de Atletismo custavam meio milhão
RTP diz que não transmitiu evento porque ambições financeiras da IAAF se “tornaram incomportáveis”.
As ambições financeiras da Federação Internacional de Atletismo (IAAF), no que diz respeito aos direitos de transmissão televisiva dos Mundiais de Atletismo tornaram-se incomportáveis para a RTP". Esta foi a justificação dada pela empresa pública para não comprar a competição, onde participaram 20 atletas portugueses.
Entre estes, estiveram Inês Henriques, que se sagrou campeã do Mundo dos 50 quilómetros marcha, e Nélson Évora, que conquistou o bronze no triplo salto.
Contudo, e segundo apurou o CM, os valores pedidos pela IAAF estão muito longe do que o canal público gasta com outras competições, nomeadamente de futebol. A federação internacional terá pedido 500 mil euros pelo pacote-base dos mundiais até 2030 (prova realiza-se de dois em dois anos). Ou seja, por sete campeonatos do Mundo. Recorde-se que só pelos Mundiais de Futebol de 2018 e 2022, a empresa pública pagou 25,8 milhões de euros.
Na sua reação às críticas por não ter emitido a principal prova do calendário do atletismo, a RTP disse ainda que a "forte parceria" que mantém com a Federação Portuguesa de Atletismo resultou na "transmissão inédita dos campeonatos nacionais de estrada e no retomar da exibição dos campeonatos nacionais de corta-mato, algo que não acontecia há mais de uma década".
Contudo, e segundo apurou o CM, a RTP recebeu da Federação Portuguesa de Atletismo 30 mil euros para emitir cada uma das provas.
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