Operadores contestam volume de reclamações
Sobem de tom as críticas à atuação de João Cadete de Matos à frente do regulador.
Os critérios utilizados pelo regulador (Anacom) e o modo de divulgação do número de reclamações no setor das comunicações está a indignar os vários operadores, apurou o CM.
Dois dias antes da realização do 28.º congresso da APDC, a Anacom, liderada por Cadete de Matos, resolveu divulgar o número de reclamações do primeiro semestre do ano. Um cenário em que o nível de reclamações subiu 25% face ao semestre homólogo. Este é o primeiro ponto de discórdia.
Os operadores dizem que são duas realidades diferentes, isto porque no primeiro semestre de 2017 apenas existia o Livro de de Reclamações Físico. Só em julho desse ano foi introduzido o Livro de Reclamações Eletrónico, o que veio alargar a forma como o consumidor reclama, aumentando o número de reclamações.
Mais, os operadores dizem que é o regulador que está em falta, porque ainda não publicou os números do universo de consumidores de telecomunicações. Uma informação que, tradicionalmente já estava disponível nesta altura do ano.
Sem um universo de clientes definido, e como a informação é disponibilizada em percentagem por cada 1000 clientes, a subida das reclamações é de dois clientes por cada mil.
PORMENORES
Melhor serviços
Os operadores dizem que a forma como o número de reclamações foi revelado dá a ideia de que a qualidade do serviço na comunicações tem piorado, o que é exatamente o contrário.
Roaming nacional
Cadete de Matos defende a existência de um roaming nacional, em que os clientes podem ligar-se aos outros operadores .
33 milhões ao Estado
A Anacom entregou ao Estado, em 2017, como resultado líquido da sua ação, cerca de 33 milhões de euros que considera devem ser aplicados no setor.
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