Playboy sem mulheres nuas
Mudança acontece já em 2016.
Em dezembro de 1953 fazia-se história: Hugh Hefner, jovem empreendedor fascinado com as curvas femininas, lançava a revista Playboy, com Marilyn Monroe na capa do primeiro número. O sucesso foi imediato e a revista, que Hefner criou na cozinha de casa, tornou-se um ícone. A publicação norte-americana, que desde a génese prometia "entretenimento para homens", vai deixar de ter fotografias de mulheres em nu integral a partir de março de 2016.
A polémica decisão partiu dos editores e diretores-executivos da revista, apoiados pelos fundador e ainda editor da revista, de 89 anos, que quer modernizar a Playboy, uma vez que o conteúdo pornográfico da publicação já não é capaz de competir com a Internet. "Estamos a um clique de qualquer ato sexual imaginável grátis. Lutámos e ganhámos, agora estamos ultrapassados", justificou Scott Flanders, chefe-executivo da Playboy. A revista, que chegou a vender 5,6 milhões de cópias em 1975, já não ultrapassa as 800 mil.
A renovada Playboy terá imagens de mulheres em "poses provocantes" e contará à mesma com a Playmate do mês, só que as imagens não serão explícitas e a produção mais simples. A ideia é alargar o público-alvo da revista, para que se dirija também aos adolescentes na faixa etária dos 13 anos.
Primeira a quebrar tabu
A Playboy, que foi a primeira a quebrar o tabu de publicar fotografias de mulheres nuas, já tinha removido, em 2014, todas as fotografias do seu sítio na internet.
Apesar de ser conhecida, principalmente, pela imagem da mulher, a revista publicou, ao longo dos anos, entrevistas com grandes figuras da história.
Foi na Playboy que Martin Luther King disse que "a América é hoje uma nação muito doente" e que o então futuro presidente Jimmy Carter reconheceu ter desejado outras mulheres.
Pelas páginas da revista, com fotografias assinadas por nomes como Helmut Newton e Annie Leibovitz, passaram várias celebridades, desde as atrizes Kim Basinger, Sharon Stone ou Drew Barrymore até à cantora Madonna ou à modelo Naomi Campbell.
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