Ponte vai ficar na RTP até fevereiro
Governo ainda não marcou assembleia geral para demitir o gestor.
Alberto da Ponte continua ao leme da RTP, apesar de ter sido demitido pelo Conselho Geral Independente (CGI) da empresa no dia 4 de dezembro. E o gestor deve ficar no cargo, pelo menos, mais um mês.
O presidente da empresa pública já entregou ao Governo a contestação à decisão do CGI, mas, até agora, o ministro da tutela não marcou a assembleia geral de acionistas, uma reunião obrigatória para efetivar a demissão da equipa que lidera a RTP.
"O Governo já está em condições de responder à contestação do conselho de administração [CA] e de marcar a assembleia geral de acionistas", esclarece ao CM António Feijó, presidente do CGI.
Contactado, o gabinete de Miguel Poiares Maduro disse desconhecer se o ministro tem já pensada uma data para a assembleia geral. Assim, o processo de substituição só deverá avançar em fevereiro.
Na proposta de destituição, o CGI alegou que o plano estratégico apresentado era "débil" e com "elementos sem coerência", sendo que a polémica compra dos direitos de transmissão da Liga dos Campeões não foi o motivo central para o afastamento de Alberto da Ponte. No Parlamento, António Feijó afirmou mesmo que a "visão estratégica que o CA tem para a RTP não é partilhada pelo CGI".
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt