Proibição de redes sociais a adolescentes pode estar a caminho de Portugal
Ministra da Juventude reconhece que há benefícios em começar a discutir o tema a nvel nacional.
Margarida Balseiro Lopes, ministra da Cultura, Juventude e Desporto, considera que há "benefícios" em começar a "discutir" a nível nacional uma possível proibição de acesso às redes sociais para os mais jovens, atendendo "às evidências científicas" sobre as consequências negativas da exposição precoce que pode fomentar a dependência e expor crianças e adolescentes a conteúdos ilícitos e falsos, mas que esta tem de ser coordenada ao nível da União Europeia (UE).
"É uma matéria que preocupa o Governo", afirmou Margarida Balseiro Lopes, recordando a medida que o executivo já tomou de proibir a utilização dos telemóveis em contexto escolar. Todavia, a ministra da juventude fez questão de lembrar que o País não está sozinho nesta luta. "Acho que terá sempre - mais do que ser uma matéria de âmbito nacional - de ser analisada no contexto europeu", respondeu aos jornalistas, quando questionada sobre a aprovação de um relatório pelo Parlamento Europeu (PE), na passada quarta-feira, que pede uma idade mínima de 16 anos para aceder às redes sociais sem consentimento dos pais e a proibição total para menores de 13 anos nos 27 países da União Europeia (UE), além de mecanismos para cumprir as regras.
No entanto, a governante comentou que o trabalho não pode ser apenas do Governo e das escolas, e lembrou que as famílias também têm de "se envolver", uma vez que os telemóveis, que atualmente permitem um acesso praticamente ilimitado às redes sociais, são dados pelas famílias aos menores: "não foram dados pelas escolas", fez questão de lembrar.
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