Redução de custo e pessoal na RTP
Administração do grupo público admite endividar-se para despedimentos.
A nova administração da RTP admite endividar-se junto do acionista Estado para reduzir pessoal, segundo o Projeto Estratégico entregue na 3ª feira ao Conselho Geral Independente (CGI). Ontem o Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisual (SINTTAV) emitiu um comunicado de desagrado ao documento, que diz ter "contradições".
A administração de Gonçalo Reis considera que "deverão ser estudados e considerados programas e iniciativas que permitam a redução de custos estruturais, tanto de pessoal como de serviços externos, mesmo que impliquem investimentos iniciais e o aumento do nível de financiamento bancário, desde que se demonstre o respetivo retorno e os ganhos".
O documento refere que deverão ser procuradas "soluções junto do acionista Estado no sentido de tentar resolver o grave problema de insuficiência dos capitais próprios da empresa".
A administração da RTP quer uma empresa em que os "custos operacionais se ajustem às receitas obtidas [CAV e publicidade]" e aposta na "contenção de gastos em fornecimentos e serviços de terceiros e em custos com pessoal associados a funções administrativas de baixo valor acrescentado". Em reação, o SINTTAV afirma que "o projeto nada diz aos trabalhadores", que são tratados de uma forma que "roça o insulto", recorda que a RTP é uma empresa subfinanciada, pelo que não pode "mandar as receitas comerciais às urtigas", e questiona: "Quanto custa o CGI à RTP?"
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