Imposto da RTP rende 46 milhões em 3 meses
Dados mostram que grupo público recebeu 45,7 milhões de euros até março, uma subida de 3,9 milhões.
A Síntese de Execução Orçamental divulgada na semana passada revela que entre janeiro e março a contribuição sobre o audiovisual (CAV), que financia a RTP, rendeu 45,7 milhões de euros, o que representa um aumento de 3,9 milhões de euros, mais de 9,3% do que no mesmo período do ano transato.
Este crescimento de receita verifica-se mesmo com a manutenção do valor da CAV, que é cobrada mensalmente na fatura da eletricidade aos consumidores. Recorde-se que este imposto está situado nos 3,02 euros mensais (2,85 euros, mais a taxa de IVA a 6%), sendo que para beneficiários de alguns abonos sociais o custo mensal é mais baixo: 1,06 euros (1 euro, mais IVA).
Contas feitas, entre janeiro e março, o grupo público de rádio e televisão recebeu, em média, mais de 15 milhões por mês. Ou seja, financiar a empresa custa mais de meio milhão de euros por dia.
Refira-se também que desde o ano passado que a CAV foi reclassificada, deixando de ser considerada uma taxa. Agora, e por recomendação do Tribunal de Contas, esta contribuição é considerada um imposto indireto, que é transferido por despesa orçamental para a RTP.
SAIBA MAIS
Primeira taxa
A 1 de janeiro de 1958 entrou em vigor a primeira contribuição sobre o audiovisual, com o custo de 360 escudos por ano, o que equivale a cerca de 1,80 euros.
1956
Ano em que arrancaram as emissões experimentais da RTP. As transmissões regulares só começaram a 7 de março de 1957.
Mundo a cores
A 7 de março de 1980 o Festival da Canção, emitido do Teatro São Luiz, em Lisboa, marcou o arranque da televisão a cores, inovação que roubar público ao cinema.
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