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Dora, a Espectadora: A opinião do Lopes

Num destes dias, o opinador Pedro Marques Lopes enervava-se publicamente com o facto de que um programa televisivo de debate de futebol tivera o dobro da audiência de um outro sobre o estado da Nação.

30 de julho de 2022 às 15:19

Num destes dias, o opinador Pedro Marques Lopes enervava-se publicamente com o facto de que um programa televisivo de debate de futebol tivera o dobro da audiência de um outro sobre o estado da Nação. Ninguém sabe de onde vem Pedro Marques Lopes mas toda a gente sabe por onde passou. E daí resulta uma estranheza: como é que alguém que tem no seu trajeto a participação em duelos futebolístico-televisivos n’A Bola TV vem agora ficar nervosa com o sucesso desses programas? O Lopes embarca na corrente dos que menorizam as opções feitas livre e esclarecidamente pela maioria das pessoas quando estas não encaixam nos seus próprios quadros mentais. É uma corrente, sim senhora, mas de água tão turva que impede uma visão cristalina da realidade. Significa isso que a opinião do Lopes não deve ser levada em conta? Longe disso! A opinião do Lopes é válida, faz falta, é sociologicamente representativa! Basta evocar o fabuloso sketch do Gato Fedorento sobre ‘O gajo de Alfama’ para logo entendermos que a opinião de um labrego pode ser bizarra, estranha, preconceituosa e fazer-nos rir mas nem por isso deve deixar de ser ouvida seja qual for o assunto: da política à justiça , da atualidade internacional às audiências televisivas. O Lopes é um autêntico todo-o-terreno do bitaite ou , como diria Vanessa Paradis no seu mega-dançável êxito de 1988: "Joe le taxi, il va partout Il marche pas au soda".

O bando de javalis

Este apresentador com o seu ar compenetrado, ainda que pouco inteligente, teve há poucos dias a seguinte tirada: "uma imagem surpreendente mas também divertida: um bando de javalis adultos e juniores(...)". Ora, vindo da televisão onde os porta-aviões voam, não é de estranhar que os javalis possam também esvoaçar em bandos. Como se foram refrescar no Alqueva já não foi mau não ter dito que iam em cardume. Bando de javalis? É a bandalheira...

Duas carreiras

Uma destas carreiras começou em 1966; Outra destas carreiras começou em 1992; Uma destas carreiras teve o seu auge, possivelmente, em 1980 com os três discos de ouro e um disco de prata de ‘Eu tenho dois amores’; Outra destas carreiras teve o seu ponto mais alto, possivelmente em 1994, com a apresentação do programa infantil de sucesso ‘Buereré’; Uma destas carreiras está completamente acabada; A outra destas carreiras é a de Marco Paulo.

A máquina do tempo da CNN

Há um ano, por esta altura, Cláudia Vieira achava que tinha sido Lance Armstrong a chegar à Lua. Um ano depois, a CNN Queluz de Baixo aperfeiçoa o disparate e coloca Michael Collins a orbitar a lua a bordo do vaivém espacial Columbia. Ora, a chegada à Lua foi em 1969 mas este vaivém só chegou ao Espaço em 1981.

A CNN Queluz de Baixo chega à notícia tão rápido que ela ainda nem ocorreu!

Fade In....

SIC Notícias: Regresso da velha aposta

Recentemente, a SIC Notícias ensaiou o regresso a espaços com a matriz do antigo ‘Opinião Pública’, que vivia dos telefonemas dos espectadores. Fê-lo ao fim de semana (e desconheço se foi por opção editorial ou por falta de recursos para uma emissão diferente) com a condução de Augusto Madureira que é provavelmente, a par com Teresa Dimas, o mais seguro dos pivots do canal. Na luta pelo segundo lugar nas audiências dos canais informativos, esta pode ser uma aposta certeira!

Fade Out....

Fogo ‘amigável’

Chegam-me de Queluz de Baixo zunzuns de que há armas internas apontadas a Moniz, à espera de um deslize. A pequena campanha na ‘imprensa amiga’ falava do desespero de Moniz ao ‘desenterrar João Kleber’ com a introdução do programa ‘Teste de Fidelidade’. Só que correu bem em termos de audiência e, pelos vistos, ‘desenterrar João Kleber’ não é nada quando se trabalha, lado a lado, com cangalheiros de projetos informativos. É que até um gesto aparentemente desesperado na gestão de grelha de programas tem mais lucidez do que uma fileira de decisões da informação...

Opinador Pedro Marques Lopes
Dora, a Espectadora: A opinião do Lopes

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