“A SIC tenta captar um público que, nesta altura, é da TVI. A maioria sociológica do País considera, desde 2000, a TVI como o seu canal. A SIC quer inverter essa tendência porque, para se ser primeiro nas audiências, é preciso ter essa maioria consigo”, afirmou Cintra Torres ao CM, achando “curioso que o ‘Telejornal’ da RTP também tivesse dado muita atenção a isso, como se fosse uma grande notícia”.
Para o crítico, esta estratégia – “a SIC já está assim há alguns meses” – é contraditória com o passado da estação: “Quando vemos a SIC fazer o lançamento do ‘Jornal da Noite’ com essa notícia, achamos que há um bocado de contradição. Se, pelo contrário, fosse na TVI, já seria aceitável”.
'FAIT DIVERS' SÓ NO FECHO
Uma ideia contestada por Mário Moura, director adjunto de Informação da TVI, para quem “esse tipo de notícias são para o fecho do jornal e nunca para abertura”. “A TVI não abre jornais com ‘fait divers’”, disse a propósito, não querendo intrometer-se nas opções da SIC: “Não sei qual é o interesse deles, mas esse não é o nosso público”. O CM contactou a Direcção de Informação da SIC, que preferiu não comentar.
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