A guerra contra a Google já chegou aos Estados Unidos. Depois do boicote no Reino Unido, em que várias marcas suspenderam a sua publicidade no YouTube e outras plataformas digitais ao verem os seus nomes associados a vídeos extremistas, várias empresas norte-americanas decidiram seguir-lhes o exemplo.
Ontem, as operadores de telecomunicações Verizon e AT&T foram as primeiras a cancelar as suas campanhas na Google, sendo imediatamente seguidas pelo grupo Enterprise e pela Johnson & Johnson.
"Estamos a trabalhar com os nossos parceiros de publicidade digital de forma a identificar os elos mais fracos e evitar que isto volte a acontecer no futuro", explicou em comunicado a Verizon. Já a AT&T disse estar "profundamente preocupada" com o facto de os seus anúncios aparecerem "em vídeos que promovem o terrorismo e o ódio", pelo que decidiu suspender toda a publicidade até que "a Google esteja em condições de garantir que a situação não se repete".
Já são cerca de 250 as empresas que estão a boicotar a gigante da internet e o número continua a crescer. Para já, a guerra afeta, sobretudo, o YouTube, uma das maiores fontes de receitas publicitárias da Google. Só em 2016, o site de partilha de vídeos rendeu mais de 5,1 mil milhões de euros. Contudo, também o serviço AdSense está a começar a perder clientes, que receiam ver as suas marcas associadas a conteúdos que vão contra os seus valores.