Em comunicado, informa-se ainda que foi aberto um inquérito interno para tentar perceber “como pode ter sido desviado um documento que apenas circulara por e-mail, no interior do domínio do ‘Público’ e entre um grupo muito pequeno de pessoas”. Isto porque tanto o ‘DN’ como o ‘Expresso’ contactaram o ‘Público’ na quinta-feira para recolherem informações sobre o conteúdo de um e-mail “que teria sido trocado entre um editor e um jornalista há 17 meses”.
Em função do resultado, o jornal diz que decidirá os procedimentos judiciais a adoptar.
“O 'Público' tem fontes, mas não são estas que ditam o que sai e quando sai no jornal. Neste caso concreto, o 'Público' só publicou a notícia quando, após contacto com as suas fontes, um membro da Casa Civil do Presidente assumiu, nessa condição, a informação”, diz o comunicado.
“Essa ausência de promiscuidade na relação com as fontes também implica a protecção da sua identidade, pelo que não podemos deixar de condenar a publicação de um trabalho jornalístico sem qualquer dado novo para além da revelação sensacionalista de uma pretensa fonte do Público”, escreve ainda a direcção editorial num texto distribuído por 12 pontos.
CONSELHO DE REDACÇÃO FALA DE ‘ATROPELO DE ÉTICA’
Já o conselho de redacção do jornal também avançou com uma nota em que repudia “a forma como foram postos em causa a credibilidade e profissionalismo da redacção do Público” no artigo do ‘DN’. Fala-se ainda de “um caso de atropelo da ética e deontolgia jornalísticas”. Os membros do conselho de redacção revelam ainda estar solidários com os colegas visados pelo ‘DN’ e manifestam confiança.