Alerta surge uma semana depois de a administração da Vasp ter dito que está a avaliar a necessidade de ajustar a distribuição diária em Beja, Évora, Portalegre, Castelo Branco, Guarda, Viseu, Vila Real e Bragança.
Diretores de imprensa escrita de informação geral e temática lançaram esta sexta-feira um "seríssimo alerta" devido à degradação da indústria da impressão e asfixia das cadeias de distribuição e pela defesa da imprensa.
Este alerta surge uma semana depois de a administração da Vasp - Distribuição e Logística ter informado que está a avaliar a necessidade de fazer ajustamentos na distribuição diária de jornais nos distritos de Beja, Évora, Portalegre, Castelo Branco, Guarda, Viseu, Vila Real e Bragança.
Num artigo, divulgado esta sexta-feira na imprensa, os diretores de todos os jornais de informação generalista diária, de todos os semanários, da única publicação impressa diária na área da economia, das newsmagazines e revistas de informação geral e temática, e de todos os diários lançam o alerta à sociedade civil e a todos os responsáveis políticos, quer ao nível do Estado central, quer nas autarquias locais.
De acordo com os signatários, a crescente degradação da indústria de impressão e a progressiva asfixia das cadeias de distribuição são dois fatores que colocam Portugal em sério risco de, muito em breve, ficar sem acesso à imprensa escrita em vastas áreas do seu território.
"Para muitas das nossas publicações, a principal forma de assegurar a regularidade do contacto com o público passa, já hoje, por imprimir em empresas espanholas. Isto com todas as dificuldades e constrangimentos inerentes, além do prejuízo para a economia nacional", é referido no texto.
No texto, os signatários destacam a crise anunciada pela VASP, afirmando que "deixar de ter jornais e revistas em zonas significativas do território nacional cortará o acesso de parte relevante da população às notícias profissionalmente validadas pelas nossas redações", é referido no texto.
No entendimento dos signatários, a situação "provocará também, inevitavelmente o desgaste da partilha por todo o país dos grandes fluxos da atualidade, das principais notícias e interesses coletivos, em suma, das maiores preocupações e causas comuns".
Sublinham igualmente que para muitos portugueses, ler o jornal ou o semanário ou revista é o único contacto com a língua portuguesa escrita.
Alertam também que o fim da imprensa escrita aumentaria ainda o perigo da desinformação e das 'fake news' nas redes sociais.
"Por fim, cabe-nos alertar para o perigo que esta quebra representa para a comunicação social, uma atividade económica que emprega milhares de pessoas em Portugal, profissionais qualificados que contribuem para a riqueza nacional coletiva, bem como para a saúde e vitalidade da democracia", salientam.
De acordo com os signatários, jornalistas, técnicos, fotojornalistas, gráficos, produtores, e tantos outros profissionais terão o seu posto de trabalho em risco, como consequência desta quebra na cadeia de distribuição.
"Em defesa do jornalismo, mas sobretudo da democracia e liberdade, não podemos ser cúmplices silenciosos de um risco que pode e deve ser evitado. É tempo de unir esforços e garantir que a imprensa escrita continue a chegar a todos os portugueses, em todo o território, como esteio de uma democracia saudável, informada e vibrante", afirmam.
O artigo é assinado pelo diretores do Diário de Notícias, Jornal de Notícias, Noticias Ilimitadas, Volta ao Mundo, A Bola, Visão, Expresso, Público, Nascer do Sol, Negócios, Record, O Jogo, Correio da Manhã, Sábado e Sábado Viajante.
Na terça-feira, a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) interpelou o Governo a garantir os meios e mecanismos que assegurem a distribuição de imprensa em todo o território nacional, depois de a VASP ter admitido a interrupção em oito distritos.
Em comunicado enviado à agência Lusa, a ANMP considera que tal "colocará em causa o acesso à informação, uma vez que haverá zonas do país que ficarão excluídas das rotas de distribuição da imprensa, que até agora é assegurada em todo o território".
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