A dupla juvenil mais famosa do Brasil esteve em Portugal e ficou atónita com a euforia dos fãs portugueses. Numa entrevista-relâmpago, os manos milionários deram a conhecer alguns dos seus projectos.
“Vamos estragar-lhes o final de ‘O Clone’?!” Foi com esta boa disposição que Júnior, três dias depois da telenovela acabar no Brasil, recebeu os jornalistas no Hotel Marriott, em Lisboa, sob a vigilância atenta dos pais, Xororó e Noely, que agora cumprem, respectivamente, os papéis de produtor e de “manager” da dupla. Depois da confusão que reinou no miniconcerto na Fnac do Chiado, os irmãos Sandy e Júnior, de 19 e 18 anos, respectivamente, ainda estavam alucinados com o seu sucesso em terras lusitanas.
“Nunca pensámos que fosse assim. Sabíamos que tínhamos muitos fãs por cá. Mas isto é uma loucura!”, afirma Sandy. Nesta sua primeira visita a Portugal, a cantora confessa ter pena de não ficar mais tempo para conhecer melhor Lisboa. “Passeámos muito de carro, mas não vimos a parte mais antiga da cidade. Essa sim, deve ser maravilhosa.”
Questionados acerca do segredo do seu sucesso, os irmãos partilham a ideia de que o importante é fazer o que se gosta e fazê-lo bem. “Também é preciso trabalhar com honestidade e seriedade”, acrescenta Júnior, apontando para os pais. “Aquela ‘turminha’ que está ali sentada também ajuda muito. A minha família tem a música no sangue há várias gerações.” Talvez por isso não se consiga imaginar a ganhar a vida de outra forma. “Se não fosse músico?... Acho que ia passar muita fome!”
Mas felizmente Sandy e Júnior estão longe de passar fome. Os dois irmãos são donos de uma das maiores fortunas da América Latina, com mais de 12 milhões de discos vendidos numa carreira de 13 anos. Além disso, a dupla protagoniza uma série televisiva com o seu nome, que é um dos programas mais vistos no Brasil (em Portugal passa no GNT). E antes do ano acabar, Sandy e Júnior vão rodar um filme que marcará a sua estreia no cinema.
“Acho maravilhoso todo aquele processo de criar uma personagem, uma personalidade diferente”, afirma Sandy, que já vimos representar na telenovela “Estrela Guia” (SIC, 2001), onde contracenou com o irmão.
“Estamos sempre juntos, mas quando é preciso também sabemos respeitar o espaço um do outro. De qualquer forma, a Sandy é como se fosse o meu irmão. Posso falar com ela sobre tudo”, revela Júnior. “Somos o oposto um do outro, mas damo-nos muito bem. O ‘Ju’ é extrovertido, gosta de ser o centro das atenções e está sempre com palhaçadas. Eu sou mais tímida e sossegada”, diz por sua vez Sandy.
Juntamente com a família, a dupla concretiza agora um dos seus maiores sonhos: lançar um disco em inglês para que a sua música seja acessível a todos os fãs. Inicialmente, o título do álbum era “11”, por ser o seu décimo primeiro trabalho, mas o atentado de 11 de Setembro nos EUA obrigou à alteração para, sim-plesmente, “Sandy & Júnior”. Em 2003, os dois irmãos prometem voltar a Portugal para um concerto.
Para os interessados, o programa “Brasil Musical” (GNT, sábado, 21h00) transmite uma entrevista exclusiva com eles.
Sem tempo para namorar
Aos 18 e 19 anos, Sandy e o irmão são multimilionários e apenas têm um fim-de-semana livre por mês. Durante a semana, Sandy frequenta a faculdade, onde estuda Psicologia, tem aulas de canto e dança. Apesar dos inúmeros pretendentes, pouco tempo tem para namorar. O seu último romance foi com Paulinho Vilhena, o “Fábio” de “Coração de Estudante”, mas a relação acabou ao fim de oito meses.
“A minha vida é uma correria e exige muita concentração e responsabilidade”, afirma a jovem. Sandy, que desde os 13 anos sofre de gastrite, gostava de casar virgem.
Dono de um sorriso contagiante, Júnior, que tirou há pouco a carta de condução, é considerado o melhor partido do Brasil. O problema é arranjar tempo para as todas as raparigas que o querem conhecer melhor. Assim, sempre que tem um dia livre, convida os amigos para um churrasco na piscina ou uma sessão de cinema em casa. O jovem toca bateria desde os três anos, mas também já aprendeu a tocar violão, guitarra, percussão e piano. E tudo indica que não vai ficar por aqui.
Uma vida quase normal
Filhos do cantor Xororó, da dupla Chitãozinho & Xororó, os irmãos Sandy Leah Lima e Durval Lima Júnior começaram na carreira artística por influência do pai, que conseguiu que cantassem no programa “Som Brasil”, em 1989, quando tinham 6 e 5 anos, respectivamente. A actuação fez sucesso e os dois irmãos foram imediatamente convidados para gravar o primeiro disco. Hoje, a dupla suscita uma febre nacional, realizando concertos que chegam a reunir mais de 50 mil pessoas.
Desde crianças que Sandy e Júnior têm de lidar com o assédio dos fãs, o que levou a família a optar por viver num condomínio privado. Apesar disso, os irmãos frequentam uma escola pública, em vez de terem um tutor particular, e costumam passear nos centros comerciais. “Somos jovens normais”, afirma Sandy. “A única diferença é que estamos sempre acompanhados por uma multidão de fotógrafos e fãs”, acrescenta.
“Quando saímos à rua, temos que estar preparados para distribuir autógrafos e tirar fotografias. Senão, mais vale ficar em casa”, exemplifica Júnior. O jovem gosta de visitar a Europa para poder passar despercebido. “No início é óptimo ser um cidadão anónimo. Mas depois torna-se estranho e começamos a ter saudades de toda aquela gritaria e assédio.”
Mesmo assim, os irmãos rejeitam a ideia de que a carreira musical prejudicou a sua infância e juventude. “A recompensa é demasiado grande”, diz Júnior. “Quem é que, com a nossa idade, conhece quase todos os cantos do Mundo e é adorado por milhões de pessoas?”
GNT | Sábado | 13.00
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