Artur Agostinho morreu esta terça-feira aos 90 anos, no Hospital Santa Maria, em Lisboa, onde estava internado desde há uma semana.
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Locutor, apresentador, jornalista, publicitário, actor e escritor, colunista tornou-se um dos rostos mais populares da televisão portuguesa. Foi director do jornal 'Record' entre 1963 e 1974.
Foi condecorado pelo Presidente da República, Cavaco Silva, em 2010, pela ocasião do seu 90ª anvisersário, a 25 de Dezembro, com a Comenda da Ordem Militar de Sant'iago da Espada.
"ADMIRÁVEL EXEMPLO E FONTE DE INSPIRAÇÃO": MINISTÉRIO DA CULTURA
O Ministério tutelado por Gabriela Canavilhas sublinhou ainda o contributo que Artur Agostinho deu "ao cinema português, através da sua participação em alguns dos mais importantes filmes portugueses dos anos 1940 e 1950, que muito contribuíram para o justo reconhecimento e afeto que colheu junto do públicos e dos seus pares, e que reforçam o sentimento de perda que perpassa a sociedade e o meio cultural português".
"MORREU O ÚLTIMO GRANDE COMUNICADOR": JÚLIO ISIDRO
"Morreu o último grande comunicador. Realmente, a história da comunicação social fechou um capítulo", afirmou Júlio Isidro.
"FOI UM CHOQUE, ESTAVA TÃO JUVENIL": MÁRIO ZAMBUJAL
"Tinha uma lucidez, uma vivacidade, a palavra fácil", afirmou escritor, antes de explicar que "não havia qualquer indício", nada fazia prever" o que aconteceu. "O estado de espírito dele era o de um homem que podia viver muitos anos", disse, rematando: "O Artur nunca foi um velhinho".
"É UMA NOTÍCIA DE EXTREMA TRISTEZA": ELÁDIO CLÍMACO
"VOZ FAZ PARTE DO IMAGINÁRIO": LAURENTINO DIAS
"NUNCA PERDEU O ESPÍRITO JORNALÍSTICO": ANTÓNIO MAGALHÃES, DIRECTOR-ADJUNTO DO JORNAL 'RECORD'
"Durante alguns anos teve uma intervenção importante no 'Record', mudando a periodicidade do jornal - passou a bi-semanário e admitiu mesmo sair 3 vezes por semana - naquela que foi uma das suas lutas", lembrou o director-adjunto do jornal 'Record'.
"ERA A MINHA REFERÊNCIA E A PESSOA QUE ME INSPIROU": ANTÓNIO SALA
"ERA A MINHA REFERÊNCIA E A PESSOA QUE ME INSPIROU": ANTÓNIO SALAO radialista António Sala mostrou-se "desolado" com a notícia da morte de Artur Agostinho, de quem era amigo há 30 anos. "Era a minha referência e a pessoa que me inspirou", diz ao Correio da Manhã.
"Confessei-lhe que em criança tentava imitá-lo e a na minha geração, todos tentávamos ser um pouco o Artur Agostinho", revela o apresentador. "Perdemos um génio de diferentes formas da comunicação, que era bom em tudo o que fazia, desde rádio, relatos, apresentador, actor e a escrever", considera Sala, para quem o desaparecimento "foi a morte de um mestre".
"AS SETE VIDAS DO REI ARTUR": HERMAN JOSÉ
"AS SETE VIDAS DO REI ARTUR": HERMAN JOSÉ"Se a vida do Artur fosse um filme, chamar-se-ia 'As Sete Vidas do Rei Artur', e estaria condenado ao sucesso. O argumento teria de tudo: acção, injustiças, lágrimas, êxitos, e um final feliz. São muito poucos os que têm o privilégio de morrer aos 90 anos na posse de todas as suas faculdades intelectuais", disse Herman José ao CM.
O humorista diz que a presença de Artur Agostinho na sua vida foi determinante, por se ter estreado no programa 'No Tempo Em Que Você Nasceu', de 1973, pela mão do maestro Pedro Osório, "que com ele lutava semanalmente para tentar fazer passar pelo crivo apertado de uma censura bacoca e implacável".
"Estava no auge das suas capacidades e da sua carreira, e muito longe de imaginar que iria ser alvo de uma histeria pós-revolucionária, que o marcou para sempre. Que perdoou, mas nunca esqueceu", lembra Herman José. Quanto às qualidades que mais admirava, Herman não tem dúvidas: "Seriadade absoluta, modernidade avassaladora, e um sentido de humor raro."
"ERA A SÍNTESE DA RÁDIO", RUI PÊGO (DIRECTOR DA RDP)
As rádios públicas vão emitir, nos próximos dias, excertos da participação de Artur Agostinho em programas de rádio, televisão e cinema e hoje, às 16h00, será retransmitida uma entrevista dada por Artur Agostinho a Jaime Fernandes em Maio de 2010.
Rui Pêgo recorda ainda a altura em que conheceu Agostinho, na Rádio Renascença, no final da década de 70, após o regresso do jornalista do Brasil, onde esteve exilado. "Eu era um jovem aspirante e ele um veterano, um decano. Almoçamos algumas vezes num restaurante ao pé da rádio, a Casa do Algarve, e retenho que me tratava, sendo eu um miúdo de 20 ou 21 anos, como sendo igual a ele, o que na época não era normal. Inspirou-me para a vida", sublinha.
ARONS DE CARVALHO ELOGIA ARTUR AGOSTINHO
"Há muitos portugueses que se habituaram a ouvir a voz inconfundível de Artur Agostinho, sobretudo no desporto, e era uma pessoa, até pelo seu temperamento, pelo seu carácter, insubstituível na Comunicação Social portuguesa", diz ao CM Arons de Carvalho.
MAURÍCIO DO VALE RECORDA "ILIMITADA ESTIMA"
"É bonito que hoje se diga bem e se rendam homenagens a Artur Agostinho. Mas é importante que alguns metam a mão na consciência pela forma como ele foi tratado no passado", recordou.
"PROFISSIONAL DE ALTÍSSIMA COMPETÊNCIA" - PAULO PORTAS
"Artur Agostinho era um profissional de altíssima competência, que marcou toda uma época. Era uma pessoa de grande humanidade, que deixou amigos junto de todas as pessoas com quem conviveu", afirmou Paulo Portas, numa nota divulgada à agência Lusa.
"VAI FAZER MUITA FALTA PARA DAR CONSELHOS AOS MAIS NOVOS" - RUY DE CARVALHO
Ruy de Carvalho lembra o radialista como “um belíssimo jornalista, que vai fazer muita falta, até para dar conselhos aos mais novos”.
"SENHORES COMO ESTE FICAM SEMPRE A FAZER-NOS MUITA FALTA" - MANOEL DE OLIVEIRA
"Como homem, em todas as circunstâncias, sempre correcto e de uma particular simplicidade. Senhores como este ficam sempre a fazer-nos muita falta", diz o realizador de 102 anos numa nota transmitida ao CM
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