'Jornalista, profissão ameaçada’. Este é o nome do novo trabalho de Felisbela Lopes, que expõe as principais dificuldades que estes profissionais enfrentam na atualidade.
"Os jornalistas estão fortemente ameaçados", diz a professora catedrática ao CM, explicando que na origem do problema estão quatro questões importantes: a crise económica, o maior poder e a profissionalização das fontes, a evolução tecnológica e a legislação.
Para desenvolver este trabalho, Felisbela Lopes questionou 100 jornalistas, perguntando "quais os maiores constrangimentos à liberdade de imprensa que os jornalistas portugueses enfrentam hoje?".
O resultado deu origem a um livro que, amanhã, dia 27, é apresentado na Livraria Alêtheia, em Lisboa, às 18h30, por Carlos Magno, presidente da Entidade Reguladora para a Comunicação Social.
Ao CM, Felisbela Lopes diz que existe um caminho para vencer esta ameaça e isso passa por perceber que "a independência dá dinheiro". "Os projetos que se assumem assim, à partida são vencedores." Para o conseguir, diz que é necessário que os jornalistas estejam mais "resguardados de pressões económicas".
A professora catedrática considera que "um jornalismo livre, independente e de qualidade nunca será um perigo para a democracia". Muito pelo contrário, ele "é imprescindível". "Não precisamos de informação, precisamos de jornalismo e de garantir que os jornalistas são livres", conclui Felisbela Lopes.