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Correio da Manhã

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“Sabia-se logo quem ganhava o Festival”

"Foi por isso que deixei de concorrer", disse ao CM Carlos Mendes, acerca da polémica lançada domingo em Espanha sobre a compra de votos no Festival da Eurovisão. Carlos Mendes representou Portugal em 1968, com a canção ‘Verão’, ano em que a vitória foi dada a Massiel com ‘La, la, la’. No domingo, a exibição de um documentário no canal privado espanhol, La Sexta, denunciou a compra da vitória de Massiel em 68 por parte da TVE, a televisão pública de Espanha, a mando do regime de Franco.
6 de Maio de 2008 às 00:30
 Para Carlos Mendes, todos os concursos têm “um lado obscuro”. Massiel fala de “uma guerra de TV”
Para Carlos Mendes, todos os concursos têm “um lado obscuro”. Massiel fala de “uma guerra de TV” FOTO: Bruno Colaço

A cantora espanhola reagiu às acusações, dizendo que 'depois de 40 anos' não tem de 'pedir desculpas por ter ganho a Eurovisão'. E atribui a polémica a 'uma guerra entre televisões'.

Mas Carlos Mendes apoia a tese da autora do documentário. 'Sabia-se logo quem ia ganhar. E isso acontecia no Festival da Eurovisão e cá também. Lembro--me que em 1972 houve uma grande pressão para que a nossa canção, ‘A Festa da Vida’, não ganhasse. E só foi possível porque tínhamos por trás uma editora muito forte, a inglesa Pye Record.'

O músico vai mais longe ao revelar 'que a RTP só não comprou votos porque nãoquisounãopode. Quando em 1972, a BBC prometia o primeiro lugar para Portugal, a RTP pedia um ‘honroso terceiro lugar’'.'Semprehouveum lado obscuro nos concursos e nós [artistas] é que somos lixados', conclui.

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