Aos 18 anos foi para os Estados Unidos estudar e aprendeu a lutar em palco. Em Portugal protagonizou a primeira série on-line. É a Inês da novela ‘Podia Acabar o Mundo’, na SIC.
A Maria tem 24 anos e, aos 18, foi estudar para os Estados Unidos. Gostou?
Desde pequenina que queria ser actriz, fazer televisão e teatro. Aos 18 anos fui sozinha para Nova Iorque para fazer o Conservatório. Fui a algumas audições até que recebi uma resposta afirmativa. Estive lá três anos, um dos quais em Nova Iorque. Depois, recebi um convite para acabar o curso em Los Angeles.
Que trabalhos fez nos Estados Unidos?
Trabalhei como actriz e como bailarina. Também dei aulas de teatro a crianças dos três aos seis anos. Fiz várias peças com a escola que estreavam em teatros locais e, também, alguns filmes independentes.
No cinema, chegou a ser protagonista?
Fui, em curtas-metragens.
Já tinha formação em ballet?
Não, mas o Conservatório americano tinha dança.
O curso incluía luta? De que género?
Aprendi a manejar armas para lutar em palco. E também a dar murros, estalos e quedas. Sou especialista em lutas. E tenho uma especialização em lutas com espadas, espadachim e punhal e em espadas medieviais. Sou uma mulher de armas (risos)!
Todos os alunos tinham essa especialização?
Sim, nós tínhamos essas aulas e, depois, alguns de nós eram escolhidos para fazer essa especialização com a Sociedade de Directores e Lutadores Americanos. Sou certificada por eles.
Ainda não teve oportunidade de manejar espadas nalgum papel?
Ainda não. Manejei uma espingarda nesta novela, nos primeiros episódios, quando descobri que o meu namorado, Zé, estava morto. Pensei que o culpado era o Geraldo (Gonçalo Diniz) [irmão da sua personagem, Inês, em ‘Podia Acabar o Mundo’, na SIC] e fui a casa buscar a arma para o ameaçar.
Gostava de praticar luta na vida real?
Não, só na ficção.
O que é que fez na representação até aos 18 anos?
Tive uma infância normal, com peças na escola, onde queria sempre entrar.
Estreou-se no Teatro Nacional D. Maria II?
Sim. Numa peça de comemoração dos 50 anos da escola onde estudava. Recitei alguns poemas. Era pequenina e lembro-me de achar o teatro muito grande e de ter de andar bastante até ao centro do palco! Nunca mais o pisei, mas colegas meus já me disseram que não é assim tão grande.
Ambiciona voltar ao teatro?
Gostava muito de fazer teatro em Portugal.
Este papel como Inês em ‘Podia Acabar o Mundo’ é o seu primeiro trabalho em televisão?
Sim.
Como tem sido interpretar esta personagem?
Tem sido muito divertido, pois sou totalmente o oposto dela. Sou muito calma e serena.
Têm algumas parecenças?
Tenho uma família numerosa, parecida com a da Inês. Somos seis irmãos e sempre fui a mais calminha. Poder estar numa família grande como a minha e ser a rebelde tem sido muito divertido e tem-me dado a oportunidade de fazer coisas que não faço normalmente.
O papel que a tornou conhecida em Portugal, como Paty, na primeira novela online em Portugal, ‘T2 para 3’, foi o seu primeiro trabalho depois de regressar dos Estados Unidos?
Foi. Andei aí um bocadinho perdida, porque só conhecia produtoras norte-americanas. Quem me orientou foi a minha agência, Box. E fui cair de pára-quedas no ‘T2’, onde acabei por ficar com a personagem Patrícia. Passados alguns meses, fiz o casting da Inês e, graças a Deus, fiquei.
Sentiu a diferença entre fazer ‘T2 para 3’ e a novela?
Senti. Em ‘T2 para 3’ éramos três protagonistas e só gravávamos duas vezes por semana. Aqui, o ritmo é mais acelerado e alucinante. Gravo de segunda a sexta e contracenar com grandes nomes da nossa televisão é uma honra.
Com reage o público?
Já muita gente me aborda. É engraçado quando me falam como se eu fosse a Inês.
A NOVELA
'Fiquei assustada'
Como é interpretar a Inês desde que ela descobriu ter cancro?
É algo angustiante, como é normal, até pela grande carga social que isso acarreta.
Custa-lhe ver a imagem de doente que perde cabelo e usa lenço na cabeça?
Foi um bocadinho assustador quando vi a minha caracterização. O meu maior apoio é o Raimundo (Paulo Azevedo), que me faz acreditar que vencerei a doença.
Como foi a primeira cena de beijos com o Paulo Azevedo?
Foi muito natural beijar o Paulo, ainda mais que já somos amigos.
A família da Inês rejeita que ela namore um rapaz pobre e com deficiências físicas?
A princípio, a família estranha um pouco, mas habitua-se, por ele a apoiar tanto.
Agrada-lhe este papel?
Sim. É muito frontal e ajuda a desmistificar muitas coisas, como a forma de enfrentar a doença.
PERFIL
Maria Botelho Moniz nasceu em Lisboa há 24 anos e é neta do major Jorge Botelho Moniz, fundador do Rádio Clube Português. A actriz tem cinco irmãos. Aos 18 anos foi viver sozinha para os EUA, onde ingressou no Conservatório de Teatro da American Musical and Dramatic Academy, em Nova Iorque. Concluiu o curso em Los Angeles. Em Portugal estreou-se na série on-line ‘T2 para 3’.
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