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Eterno

McCartney mostra que continua a ser um criador eterno.

22 de setembro de 2018 às 00:30

Os Beatles fazem parte da memória colectiva da música pop.

Desde as melodias que faziam as delícias de qualquer pessoa até ao seu período psicadélico que terminou com a sua desintegração.

Marcaram a década de 60 nas suas múltiplas contradições mas, também, os anos que lhes seguiram. Paul McCartney é um dos sobreviventes dessa época áurea.

Passou por tudo: aos 25 anos tinha o planeta a seus pés, aos 64 gozava a sua reforma dourada na ilha da Wright. E, agora, aos 76 anos, regressa com um novo disco, ‘Egypt Station’.

Diz algo às novas gerações ou apenas cativa os velhos adeptos do rock, que nunca abandonaram os seus ídolos de juventude? Talvez ainda consiga chegar a todos.

Esse novo disco, que inclui 16 canções, continua a privilegiar a melodia, mas demonstra que não está preso na nostalgia. Neste álbum poderoso não se esconde na herança dos Beatles, antes busca um lugar para as suas canções num período descendente da sua vida.

Há ainda lugar para os velhos sonhos (‘People Want Peace’) e para críticas com alvos definidos, como Donald Trump ou o Brexit, como se escuta em ‘Despite Repeated Warnings’.

McCartney continua a criar, ao contrário de muitos outros heróis do seu tempo, como Bob Dylan (hoje mais interessado em louvar Frank Sinatra, como se vê nos seus últimos registos).

Encontramos temas que podem ser sucessos neste mundo rápido (como ‘FourFiveSeconds’).

Muito do trabalho visível neste disco tem a mão de Greg Kurstin, o produtor de nomes como Lana del Rey ou Katy Perry. Uma ponte para as novas gerações.

McCartney mostra que continua a ser um criador eterno.

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