Princesa Diana enganada e induzida
Lady Di cedeu a provas falsas para conceder entrevista ao jornalista Martin Bashir em 1995. Polícia quer agora saber se há matéria criminal
Depois de uma longa investigação interna feita pela BBC, a conclusão é clara: Diana foi mesmo "enganada e induzida" pelo jornalista Martin Bashir para dar a polémica entrevista de 1995, na qual revelava as infidelidades do seu casamento.
O jornalista em causa já reconheceu que não agiu corretamente, revelou-se "profundamente arrependido", mas ao jornal ‘Sunday Times’ garantiu que era "próximo" de Diana e que depois da entrevista "continuaram amigos". Assegurou também que a conversa decorreu "nos termos que ela queria", incluindo "o seu conteúdo".
Recorde-se que, para conseguir a entrevista, Martin Bashir mostrou extratos bancários falsos a Charles Spencer, irmão de Diana, para a levar a aceitar a conversa. Esses comprovativos mostravam alegados pagamentos feitos a membros da Casa Real pelos serviços de segurança e seriam a prova de que Diana estaria a ser vigiada. Ainda assim, o jornalista defende-se: "Obviamente que me arrependo, foi errado. Mas não teve relação com nada. Não teve relação com Diana, não teve relação com a entrevista."
Já no início desta semana, Charles Spencer teceu duras críticas ao jornalista, chegando mesmo relacionar a entrevista com a morte de Diana, em agosto de 1997. Já William, ainda antes da conclusão da investigação, havia afirmado que a entrevista teria "contribuído para o medo, paranoia e isolamento" da mãe. Também Harry emitiu um comunicado em jeito de revolta: "A nossa mãe perdeu a vida por causa disto e nada mudou".
Apesar destas declarações, o jornalista desvaloriza: "canalizar a tragédia, a difícil relação entre a família real e os media apenas sobre os meus ombros parece um pouco irracional. Penso que a sugestão de que sou singularmente responsável é irracional e injusta".
Entretanto, a polícia britânica estuda a investigação interna da BBC para perceber se existe matéria criminal.
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