António Capelo arrisca enfrentar nova acusação de assédio sexual
Alunos de uma escola do Porto que expuseram alegados crimes de assédio por parte do ator estão revoltados com a Justiça e ponderam unir-se.
Três meses após ter rebentado a polémica que envolve António Capelo, as alegadas vítimas do ator ainda esperam por uma resposta da Justiça. As alunas da Academia Contemporânea do Espetáculo (ACE), no Porto, que acusaram o artista de assédio sexual, estão a ponderar qual o próximo passo a dar, uma vez que os crimes já prescreveram.
“Esta situação é muito delicada para nós e traz consequências enormes, incluindo para as nossas famílias. Muitos de nós só conseguimos falar do assunto agora, passados anos e anos, e sentimos que a Justiça protege o agressor, porque agora que temos coragem para falar, o crime prescreveu, na maioria dos casos”, relevou uma das alegadas vítimas à 'Nova Gente', preferindo manter o anonimato.
“Expusemos o que aconteceu, mas agora parece que já toda a gente se esqueceu e ninguém fez nada. Sentimos que o que fizemos, que foi um ato de grande coragem, caiu em saco roto. O António Capelo continua na vida dele e na novela [Terra Forte, da TVI], já ninguém fala no assunto, e nós continuamos sem respostas e sem apoio”, acrescentou, mostrando a sua frustração.
Face a esta situação, há quem pondere levar o caso às últimas circunstâncias. “Ainda durante o mês de dezembro vamos reunir-nos e falar do plano de ação. Estamos a ponderar apresentar uma queixa conjunta. A queixa é válida e poderá ajudar outras possíveis vítimas, cujo prazo ainda não tenha prescrito”, partilha. Isto porque nos crimes de assédio, no caso de a vítima ser maior de idade, tem um prazo de seis meses para apresentar queixa, e se for menor quando os crimes foram praticados, tem até aos 25 anos para fazê-lo.
Recorde-se que António Capelo, de 69 anos, já moveu uma “queixa-crime contra uma página anónima no Instagram” e que aguarda “o desenrolar dos acontecimentos”. Diz que foi “alvo de acusações anónimas e difamatórias”, nos últimos tempos, que põem em causa a sua “honra, vida profissional e até vida privada”.
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