As mentiras, o vício do jogo, o álcool e as drogas. O lado (muito) pouco famoso de Tiago Grila
Influenciador abre o livro sobre o período mais escuro da sua vida.
Diz que teve "uma infância muito feliz, humilde e livre" e que quando veio para Lisboa era "o centro das atenções". Sonhava em ser "chefe de qualquer coisa e ser o melhor". Os vícios moldaram-lhe parte da vida. As revelações foram feitas por Tiago Grila a Manuel Luís Goucha esta terça-feira na TVI.
"O primeiro vício é o do jogo. Sou uma pessoa adita. Isto começa antes, a minha mãe dava-me a semanada e eu pensava onde é que ia gastar. O jogo começa aos 18 anos logo que se pode entrar no casino, já estava em Lisboa. O casino passa a ser uma coisa presente e diária na minha vida. Dei por mim às 15h no Casino Lisboa ou no Estoril com velhos à espera que aquilo abrisse", contou.
Mas afinal de onde vinha o dinheiro? Do trabalho, mas também de várias mentiras. "Sempre trabalhei. Deixei a escola ao nono ano, fui o melhor vendedor nacional da Vodafone, tive o Sky Alentejo que foi um grande estrondo da altura, trabalhei na BA Vidros, em um ano passei quase a chefe. Tudo o que me metia era para ser o melhor. O dinheiro era estoirado no jogo. Já tinha a minha mãe em Angola, dizia à minha mãe que batia com o carro entre outras mentiras e ela ia enviando dinheiro. Ela não acreditava, isso é que custa, é que dói mais… a verdade é o que vai sempre doer mais".
"A adição do jogo resolvi. Fui lá e fiz a auto-proibição em todos os casinos nacionais. Ainda assim tentei dar a volta ao sistema e fui negado o acesso. Não posso jogar".
Após o jogo vieram outras adições: "A droga vem depois, só, entre aspas, de cocaína. Sou muito de sair à noite, zonas VIP, ostentação, e as companhias, sem as culpar, levaram-me a dar um cheirinho". Ainda assim assegura: "Não era nenhum agarradinho, não era todos os dias, mas sabemos quando desgovernamos a nossa vida".
As drogas acabaram mesmo por conduzi-lo a uma clínica de reabilitação: "O vício da droga ultrapassei porque fui obrigado. A minha mãe disse-me, esquece, vais para uma clínica três meses... Foram os suficientes para me salvar a vida. Estava a entrar por um caminho com companhias, porque depois era uma bola de neve. Cheguei a ter recaídas, mas os meus seguidores sabem".
Ainda assim garante: "Nunca abri uma live com estupefacientes, não sou uma pessoa de álcool. (…) Passo um mês sem beber, mas depois quando é para beber vamos ao limite, o que é mau".
Siga aqui o Vidas no WhatsApp para ficar a par das notícias dos famosos
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt