Cinha Jardim: "Saio com o ego nos píncaros"

A socialite e comentadora da TVI, perdeu para Joana Lemos o processo-crime de ofensa ao bom nome da ex-piloto e actual repórter do Dakar para a TVI. Aceita a condenação mas não a culpa. Não perdoa nem pede perdão. Sente-se traída mas também vingada.

– A sentença que a deu como culpada de ofensa ao bom nome de Joana Lemos não a surpreendeu?

– Nada. Porque foi no próprio tribunal que fiquei a saber que as palavras que proferi, apesar de verdadeiras, eram susceptíveis de me fazerem pagar por elas. Quando me apercebi disso, o que só aconteceu em tribunal, soube logo que ia ser condenada.

– Contudo, não pede desculpa?

– Nem hoje, nem amanhã nem nunca. Era acusada de cinco crimes, fui condenada por um, logo, foi muito bom. Com isso, ficou provado que os outros quatro não eram calúnias nem difamações.

– Mas surpreendeu-a aquilo a que chamou 'a traição da Joana'...

– Muito. Se as pessoas engoliram que a nossa zanga foi por causa de um mau lugar num jantar, eu não!

– Vamos chamar as coisas pelos nomes. Afinal, porque foi a zanga?

– Pelas traições consecutivas que ela me fez depois desse jantar, nomeadamente revelar desabafos de amigas íntimas, que foi o que nós fomos por doze anos...

– Como é que uma amizade assim acaba na barra de um tribunal?

– Acaba com muitas facadas pelas costas. Se as coisas têm ficado pelo dia do jantar, de que não há dúvida de que não gostei, perdoava, como já perdoei coisas mais graves. Mas ficamos por aqui porque, como disse a juíza, é irrelevante falar mais.

– E para a Cinha, é irrelevante?

– É, sim. E, depois, acho que a Joana já saiu deste julgamento tão mal e com uma imagem tão denegrida que mais valia ter ficado quieta. Nunca ouvi, em tão pouco tempo, tanta gente dizer tão mal dela... Por mim, saio deste julgamento com o ego nos píncaros. Até as testemunhas dela falaram bem de mim!