Cristiano Ronaldo esclarece por que não foi ao funeral de Diogo Jota: "Senti-me bem com a minha decisão"
O craque português revelou, pela primeira vez, como soube da morte do colega e a razão por não ter estado nas cerimónias fúnebres.
Cristiano Ronaldo falou pela primeira vez publicamente sobre o impacto que a morte de Diogo Jota teve na sua vida. Na segunda parte da entrevista ao jornalista Piers Morgan, transmitida esta quinta-feira, 6 de novembro, o capitão da Seleção Nacional descreveu um momento de profundo choque e tristeza. "Estava com a Georgina no nosso período de descanso. Estava no ginásio de manhã. Eu não acreditei quando me mandaram a mensagem. Chorei muito. A Gio pode confirmar isso. Foi um momento muito difícil para o País, para família, para amigos, para colegas de equipa. Foram momentos muito tristes", confessou.
O internacional português aproveitou para refletir sobre a fragilidade da vida: "É preciso desfrutar o momento e não planear muito para o futuro. Mesmo antes dessa situação e com a situação dos meus filhos, eu não planeio coisas para o longo prazo só para o curto prazo porque tudo pode mudar de um momento para o outro. Temos de estar felizes de estar aqui, viver o momento, desfrutar a vida, porque o futuro só Deus sabe", declarou, acrescentando: "Mas foi um momento de choque, ainda sentimos a aura na Seleção Nacional quando metemos a camisola. Ele era um de nós. Era uma pessoa muito boa, era uma pessoa calada, um bom jogador, como se sabe. Ele não era uma pessoa que falasse muito, era equilibrado."
O capitão da Seleção Nacional explicou como era a sua relação com Jota: "Eu gostei mesmo de o conhecer e de partilhar com ele momentos tão bons, foi triste. Tive a oportunidade de falar com a família e dar apoio. Ele desapareceu por causa de um momento..."
Sobre a ausência no funeral, Cristiano foi direto: "As pessoas criticaram-me muito, não quis saber disso, porque quando a consciência é boa e livre, não temos de nos preocupar com o que as pessoas dizem. Desde que o meu pai morreu, nunca voltei a estar num cemitério." O jogador explicou ainda que a sua presença teria desviado o foco do momento de luto: "Onde quer que eu vá é um circo. Se eu fosse, a atenção mudava para mim e eu não queria esse tipo de atenção."
Ronaldo garantiu não se arrepender da decisão, reforçando que prefere agir discretamente e longe das câmaras: "As pessoas podem continuar a criticar, mas eu senti-me bem com a minha decisão. Não vou estar na primeira linha para as pessoas dizerem bem porque o Cristiano está lá. Eu planeio as coisas, penso na família dele, não preciso de estar em frente às câmaras para as pessoas verem o que eu faço, eu faço as coisas nos bastidores, sinto-me melhor ao fazer isso."
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