Entrevista. Carolina Patrocínio: “São muitos filhos e dar atenção a todos é difícil”
Mãe de três meninas e um rapaz, a apresentadora da SIC falou à 'Vidas' sobre os maiores desafios da maternidade, da sua relação com a cozinha, das férias em família que fez recentemente ao Brasil e do destino de sonho que ainda não teve oportunidade de conhecer.
Carolina Vieira de Almeida Patrocínio Sousa Uva, mais conhecida por Carolina Patrocínio, nasceu a 27 de maio de 1987 (36 anos), em Lisboa. Estreou-se como apresentadora de televisão no programa dos sábados de manhã 'Disney Kids', na SIC. Posteriormente, conduziu a rubrica 'O Mundo de Carolina' no programa 'Fama Show', cujo grupo de apresentadoras integra desde 2014. Em 2013, casou-se com Gonçalo Uva. Dessa relação nasceram quatro filhos: Diana, de 10 anos, Frederica, de oito, Carolina, de seis, e Eduardo, de quatro.
É adepta de uma alimentação variada e saudável, mesmo quando não há tempo para cozinhar. A Carolina tem prazer em cozinhar?
Confesso que tenho vindo a aprender cada vez mais, não sou uma especialista, só sei mesmo fazer o básico. Mas com uma família grande é difícil, também, perder muito tempo a fazer grandes cozinhados. Por isso é tudo muito simples. Comida mediterrânica e refeições infantis.
Onde é que aprendeu a cozinhar?
Tive que me desenrascar em casa. A fazer, por exemplo, massas, arroz, bifinhos de frango, tudo aquilo que é natural numa família grande.
Tem alguma especialidade?
Sou conhecida pelas minhas omeletes.
Os seus filhos pedem-lhe muitas vezes que faça essas omeletes?
Pedem muitas vezes. Mas gostam também das minhas tapiocas, das massas que faço, que é igualmente algo simples de fazer.
Mas prefere cozinhar ou comprar já feito?
Acho extraordinário esta vertente do take-away estar com muita qualidade. Com estes prontos-a-comer que agora existem, uma pessoa consegue fazer um brilharete lá em casa. Gosto muito de receber pessoas, portanto estes pratos combinados, seja o arroz de pato, o bacalhau espiritual ou à Brás, são ótimos.
Quando recebe convidados opta sempre por esta opção?
Nunca arrisco ser eu a cozinhar, porque não tenho essa confiança na cozinha.
Tem algum prato favorito?
Adoro arroz de pato e lasanha.
Considera-se um bom garfo?
Como de tudo, não sou esquisita, mas em quantidades pequenas.
Esse cuidado com a quantidade está relacionado com o cuidado que tem com o corpo?
Também sou pequena, portanto os meus hábitos alimentares são mais reduzidos.
Em casa, quem é que costuma cozinhar?
O Gonçalo [Uva] tem mais paciência para um belo dia de grelha. É uma pessoa que adora os grelhados. Mas, na cozinha em si, dividimos muito as tarefas.
Esses grelhados são muito recorrentes em vossa casa?
Ao fim de semana, sim. Quem me segue nas redes sociais muitas vezes cruza-se com os miúdos a brincar no jardim daquela que nós gostamos de chamar a Sede da Família, que é a nossa casa. O Gonçalo gosta de se agarrar à grelha para a família e amigos. Uma família grande pede um churrasco.
A Carolina vem de uma família bastante grande, com cinco irmãs, e teve ainda quatro filhos. Sempre quis que fosse assim?
Sou a segunda de seis irmãs. Família grande é a realidade que eu conheço. Sempre rodeada de primos direitos... Acho que a esta nova geração já conseguimos proporcionar essa experiência de crescer numa família grande.
Tem quatro filhos – Diana, Frederica, Carolina e Eduardo – todos com idades próximas. Foram gravidezes planeadas?
Deixei sempre a coisa ir. Não pensei muito no assunto. Uma coisa é certa: sempre quis dar irmãos aos meus filhos. E chegámos ao número quatro.
E parou por aqui?
Parou (risos).
Os seus filhos têm uma boa relação entre eles?
Como é natural têm as suas discussões, mas a relação entre eles é ótima. São crianças saudáveis. A diferença de idades também não é muita, têm todos uma diferença de dois anos.
A mais velha, com 10, está quase a entrar numa fase mais complicada, a adolescência. Preparada para o desafio?
Todas as idades têm os seus desafios. Quando são muito pequeninos é porque não são autónomos, então cai tudom muito em cima das mães. Agora, a mais velha já é uma pré-adolescente e isso já traz outros desafios.
Para já, qual foi a maior dificuldade que encontrou na maternidade?
Conjugar tudo. Eles são muitos e dar atenção a todos é difícil.
Como é que supera isso?
Nem sempre sou bem-sucedida. Faço o que posso, porque também trabalho muito fora de casa. Mas quando estou com eles estou de corpo e alma.
Costuma passar tempo só com um de cada vez ou sempre em grupo?
Isso é uma utopia. Não consigo passar tempo individual, apenas muito esporadicamente.
Eles têm noção da sua profissão?
Os mais velhos, sim. Sabem que a mãe trabalha na televisão. Os mais pequeninos ainda não têm essa consciência.
E os mais velhos costumam ver os seus programas?
Não acompanham os programas de televisão. Mas, muitas vezes, estão em situações em que sou reconhecida.
Como é que eles reagem quando as pessoas a abordam na rua?
Muitas das vezes não gostam, porque estão a roubar o tempo de antena que lhes pertence. Mas estão habituados, também sabem que é uma coisa breve.
Já alguém pediu para tirar uma fotografia com eles?
Muitas vezes, mas não gosto muito. Prefiro que tirem comigo. Então ou tiramos em grupo, ou só eu. Os meus filhos, de forma individual, nunca.
Foi recentemente de férias para o Brasil. Como é que correu?
Corre sempre bem. São umas férias familiares. Levei os quatro filhos para um hotel seguro, onde tinham atividades. Assim também conseguimos desligar todos um bocadinho.
Existe algum destino de sonho que ainda não tenha tido a oportunidade de conhecer?
Sim, a Nova Zelândia, pela cultura, pelas paisagens incríveis que promete, pela natureza, que é uma componente muitíssimo forte. E porque nós somos todos fãs de desportos radicais.
É uma grande adepta do fitness. Que conselho daria a alguém que está a começar?
Disciplina e foco são o mais importante.
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