Explicado o valor de um milhão de euros que os Anjos exigem a Joana Marques em tribunal

Um milhão, 118 mil e 500 euros é o valor da indemnização exigida pelos irmãos Rosado a Joana Marques. Em causa está um vídeo publicado pela humorista que satiriza a interpretação do hino nacional pela dupla no Grande Prémio de MotoGP realizado no Algarve, em 2022. A dupla alega ter sido gravemente prejudicada pela publicação, invocando o cancelamento de 11 concertos e dois contratos de patrocínio (no total 110 mil euros mais IVA) e um de cedência de imagem (de 85 mil), além de danos à imagem e à reputação dos irmãos Rosado.

A quantia exigida surpreendeu muitos, mas a advogada dos Anjos, Luciana Rosa de Oliveira, explicou à revista 'TV 7 Dias' como se chegou a esse montante.

"O valor da indemnização decompõe-se em três tipos de danos. Estamos a falar dos danos emergentes, ou seja, decorrentes do cancelamento de contratos de patrocínio, que foram três, foram os concertos cancelados junto da Senhores do Ar II pelos intermediários [empresa responsável pela venda dos espetáculos]", começou por dizer.

"Portanto estamos a falar de duas empresas (...) em que cada uma delas tinha comprado um pacote de seis espetáculos ao valor unitário de 10 mil euros cada um, mais IVA, a segunda (...) tinha comprado um pacote de quatro concertos a 14 mil euros, mais IVA, cada um, e depois houve também um cancelamento por parte da discoteca Algardisco (...), em que eles iriam dar um concerto no Algarve que seria de 17 500 euros, mais IVA", explicou.

A isto, soma-se ainda o cancelamento do espetáculo na Super Bock Arena, no Porto, que, segundo os cantores, teve de ser adiado porque não conseguiram ter a sala cheia. "Temos os 10 mil euros, mais IVA, que se reportam ao concerto que eles deram no Porto e que tiveram esse prejuízo, tendo em conta que não conseguiram encher a sala", acrescentou a representante legal dos irmãos Rosado.

"Depois temos os lucros cessantes. (...) Acontece esta situação da Joana Marques, com este vídeo adulterado, manipulado por ela, em que põe em causa o profissionalismo deles e, a partir daí, eles passam a ter cerca de metade dos concertos. Os cálculos que foram feitos para chegarmos aos lucros cessantes, que eram uns lucros que eram expectados de ter, multiplicámos os 16 500 euros por 20 concertos, relativamente ao ano de 2023, porque era o cachê que eles na altura praticavam, e depois, no ano de 2024, multiplicámos 17 500 euros, que era o valor praticado por eles, por 20. Isto vai dar 680 000 euros", afirmou.

Por fim, segundo a referida publicação, a estes valores acrescem os alegados danos morais, sendo pedidos 50 mil euros para cada um dos irmãos Rosado.

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