Fernando Rocha continua a testar positivo para o coronavírus: "É uma prisão domiciliária"
Apesar de garantir que já não tem sintomas da doença, o humorista repetiu o exame e continua com a doença
À conversa com Fátima Lopes no programa 'A Tarde É Sua', Fernando Rocha já tinha revelado que se encontrava a melhorar e sem sintomas, após ser infetado com coronavírus.
Dias depois de ter contado que ia repetir os exames, na esperança que já testar positivo, o humorista confessou agora que tal não aconteceu e, apesar de aparentar estar recuperado, não está livre da doença.
Na passada sexta-feira, realizou a terceira fase de exames, e voltou a testar positivo.
Para cumprir as medidas de segurança, o comediante continua a cumprir o isolamento.
"Não tenho sintomas nenhuns, sinto-me como se não tivesse nada. Estou é confinado em casa, não saio há um mês e meio", disse, em declarações ao 'Notícias ao Minuto', admitindo que está a tentar manter-se ativo física e mentalmente pela sua sanidade mental.
"É uma prisão domiciliária. Estou preso em casa mas sem pulseira eletrónica. Estar confinado a um espaço, por mais condições que tenhamos, é triste. Primeiro, é triste estarmos presos numa gaiola - a liberdade é uma coisa que não tem preço. Depois, é a nossa sanidade mental que está em risco. Há pessoas mais fracas do que outras psicologicamente que podem entrar em depressão. Temos de lutar contra isso"
Apesar de manter a distância da família, Fernando Rocha mostra-se tranquilo com o estado de saúde da mulher e dos filhos, que não foram afetados pelo novo coronavírus. "Já não são nenhuns miúdos. Perceberam bem, são bem informados. Ele tem 20 anos e ela 15", afirmou, sobre os filhos. "Eles não têm sintomas, a minha mulher também não. Ela fez o teste e deu negativo", continuou.
"Só faço o que as autoridades de saúde me dizem. Ligam-me todos os dias, dão-me as diretrizes e eu cumpro à risca"
"Só faço o que as autoridades de saúde me dizem. Ligam-me todos os dias, dão-me as diretrizes e eu cumpro à risca", afirmou, garantindo que vai continuar isolado até ter a certeza que não corre riscos. "Só quando testar negativo. Quando fizer o segundo teste negativo, a minha casa retoma a normalidade", adiantou, sem esconder o quanto está ansioso de poder voltar a interagir com os familiares.
A prioridade de Fernando Rocha é ficar bem de saúde e poder respirar de alívio, no entanto, também não deixa de manifestar a preocupação pelo trabalho no mundo dos espetáculos, que tem estado suspenso. O humorista não mostra esperança que as coisas melhorem nos próximos tempos.
"Regressar à 'normalidade'? Só quando existir vacina ou cura. Tudo o que ouvirmos falar até lá é conversa de violino", começou por dizer. "Temos é de arranjar outras alternativas, pôr a cabeça a trabalhar e a criatividade à flor da pele para tentar encontrar formas de ganhar a vida. Encontrar outras formas de apresentar ao público o nosso trabalho. Muitos artistas vão passar um mau bocado financeiro porque é a única forma de sobrevivência", disse ainda.
Fernando Rocha já tinha partilhado os momentos dolorosos que enfrentou quando foi infetado com coronavírus, e se sentiu realmente mal, com sintomas graves.
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